sábado, 16 de junho de 2012

MINHA FAMÍLIA, MINHA ÁRVORE



Nesse post quero falar um pouco sobre a importância da família pra nos mostrar quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Minha família é uma árvore. Eu gosto de pensar que faço parte dessa árvore. Gosto de pensar em ser apenas um galho de uma coisa muito maior e é assim que segue essa alegoria. Meus avós são representados pelo tronco por onde passa tudo o que será transmitido pra nós. Ele precisa estar fortemente arraigado na terra, que vai fornecer o alimento. A seiva que transmite o alimento pra essa família é a união, ela permite que em cada galho haja saúde, pra poder gerar frutos. Permita-me seguir explicando um pouco mais sobre essa árvore, enquanto você vai refletindo sobre a sua família.


Tronco
Estou em luto pelo falecimento do meu avô paterno, há menos de 6 meses perdi também meu outro avô, o pai da minha mãe. Ambos estavam muito doentes e acamados, há muitos meses. Ambos sofreram muito antes de falecer. Ambos deixaram um vazio imenso ao partir. A coincidência entre estes dois homens não pára por aí. Chefes de uma família com muitos filhos (um com 11 filhos, o outro com 12) descobriram ainda jovens que precisavam trabalhar muito para dar uma vida digna e honrosa para eles. Lavradores, tiraram da terra o seu sustento. A vida no campo os mostrou que simplicidade, caráter e fé em Deus eram as coisas mais importantes pra se passar aos filhos. Deixaram como herança uma boa educação, repleta de valores morais e de bons exemplos. Ambos se casaram com mulheres difíceis de lidar, geniosas e com personalidade forte. Ambos experimentaram a família da forma como a cultura da época os conduzia, sem muitas demonstrações de afeto, com rigor na educação, sistemáticos, até que a velhice os amoleceu um pouco mais. Experimentaram na vida adulta o surgir do 'novo homem', após a conversão cristã protestante. Homens violentos e ignorantes que agora experimentavam uma humildade, uma submissão e um servir totalmente novo pra eles. Os tios mais velhos contam histórias da vida antes de Cristo e de como era confusa, idólatra e cheia de violência. Os mesmos atestam a mudança, o arrependimento, o servir ao Senhor de forma devotada e sincera. Abraçar um de meus avôs era como abraçar toda a árvore, por que neles estava o surgir de todo o resto. Espiritualmente fortes, vigorosos, sustentavam a nobreza da árvore. Tenho prazer em pensar em quem foram. Cheios de erros e acertos, como todos os outros, mas especialmente corajosos, guerreiros e devotados. Meu avô paterno Oscar e minha avó materna Maria são os mais religiosos, Minha avó paterna Arnalda e meu avô materno Nelson os mais calorosos, alegres, festeiros. Todos os 4 foram cristãos verdadeiramente convertidos. Dos quais só me resta minha avó Maria. Mulher geniosa e de fibra que não vê o sol se por sem ter depositado suas orações na presença de Deus. Estou aqui para honrá-los com todo meu coração, diante de todos.


Raízes bem plantadas.
Como árvore, fomos plantados no Reino dos céus que é eterno, onde não importa se estamos fisicamente vivos ou mortos na terra, e sim se estamos vivos ou mortos no Reino de Deus. Nossa família está orgulhosamente plantada junto à ribeiros de águas. O Espírito Santo é essa essência que nos rega, é o Rio de Deus logo ali, garantido vida no tempo seco, força nas adversidades. Temos raízes na prática da palavra de Deus. Essas raízes são fortes por que são feitas da madeira mais resistente e nobre que existe. Fé, oração, boas obras, vida de arrependimento, facilidade em se reconciliar, leitura da palavra, trabalho na seara de Deus. Essas raízes dizem muito sobre quem somos como família, especialmente diz muito sobre mim, por que me considero bem alicerçada nesse solo. Tudo que tenho de bom em mim na verdade é herança das minhas raízes. Eu tenho muito orgulho delas.


Galhos e mais galhos.
A árvore é belíssima de se ver. Muitos contemplam a beleza do entroncamento de minha árvore. O momento em que o tronco se divide em galhos robustos e fortes. Esses galhos são o caminho e o apoio pra subir, eles nos dão diversão, amparo, força. Eles representam os meus tios e tias. A beleza do Reino de Deus é saber que um casamento faz de duas pessoas uma só, então maravilhosamente o Senhor permitiu que nossas tias e tios que não tem o mesmo sangue, são espiritualmente dotados da mesma beleza e força que os 11, ou os 12 filhos dos meus avós. Por isso pense em galhos fortes e robustos, que são graciosos de se ver, que servem de ninho para passarinhos, que balançam suavemente com o vento. Que sustentam outros inúmeros galhos mais finos (os netos) e brotos (os bisnetos) e os frutos (os frutos do espírito santo). Esses galhos vigorosos são de madeira nobre e remontam a força das nossas raízes. Como faço parte dos galhos frágeis que sempre esmorecem com o sol ou que ameaçam cair com a chuva, sei a razão pela qual ainda não desabei e virei lenha. Cristo é o jardineiro Ele me escolheu pertencente a esta árvore, Ele está certo sobre essas raízes, por isso sempre que caí, cuidadosamente me amarrou aos galhos mais fortes. Na força desses galhos encontrei amparo pra não desabar e secar sozinho. Quando olho em minha volta e assisto a beleza desses galhos eu sinto profundamente como gostaria de ser como eles. Eu os admiro completamente e não há um só que não saiba disso. Sou orgulhosa pela forma como sustentam emocionalmente e espiritualmente seus filhos e pela forma como transmitem os valores dos nossos avós.

Pra nós, meros galhos mais finos, fica somente a responsabilidade de levar conosco a mesma natureza e preservar do que somos feitos. São brotos e brotos chegando e cabe a nós permanecer juntos pra preservar a união que nos mantém fortes e saudáveis.


Frutos - nossa razão de ser.
É na ponta de nossos galhos que o Jardineiro colhe os frutos e eles precisam ser bons para louvá-Lo dignamente, como convém. Nossa árvore cresce frondosa mas, a preocupação do Jardineiro é só com a qualidade dos frutos. Por isso devemos nos empenhar em fazer valer todo o esforço da nossa família. Somos uma árvore no Reino de Deus e nossos frutos existem para servir a Ele. Cada um de nós sabe muito bem que precisamos gerar frutos, senão seremos cortados e viramos lenha. Não é ameaça, constrangimento ou lenda religiosa, é a natureza das coisas. Sofro por pensar que enquanto uns estão se tornando extremistas religiosos, sem compaixão e nem comunhão, outros estão magoadinhos com a igreja, apegados aos seus ressentimentos com a instituição e com suas regras humanas absolutamente passageiras e relativas. Mas essa é a minoria, felizmente e por pouco tempo! Recebemos o convite da salvação como família mas precisamos aceitá-lo individualmente. O mundo se torna um lugar cada vez mais cruel e perdido, para criar nossos filhos e transmitir os valores que recebemos.  A saúde de nossos galhos, brotos e existência de frutos estará comprometida se não passarmos os valores que são captados por nossas raízes. Vamos secar e perder a vitalidade se não recebermos á água que o Espírito Santo nos dá. Seremos apenas pau, se não formos galhos conectados com nossas raízes. Temos servido como sombra pra tantas pessoas, nossos frutos têm alimentado tantas outras. Isso é um orgulho sobre o que somos. 

A decisão é nossa se vamos de fato dar continuidade ao que aprendemos. Em alguns momentos teremos diante de nós a escolha entre nos divertir com outras coisas e programações, ou se nos manteremos unidos como família. As oportunidades já são tão poucas de reunir a família e quando existirem devem ser levadas a sério, como um ritual que mantém o que somos á salvo do frio egoísmo da vida pós-moderna. Decida se têm orgulho de sua família e se quer preservar o que recebeu dos seus antepassados. Decida se vai renegar o convívio familiar por que tem outra coisa mais divertida pra fazer no dia. Decida se você tem mesmo os valores que são suficientes pra assegurar que seus filhos sejam pessoas de bem e que também vão gerar frutos, á seu tempo. Se não, permaneça aí secando até que o Jardineiro venha. Pode estar certo de que Ele virá.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O QUE É "IMPOSSÍVEL" PRA VOCÊ?



1. Eu protesto contra o impossível!
Há tempos não escrevo aqui no blog, estou num momento de reflexão (pode sorrir Cibelle) e acho que não tenho nada relevante pra dizer. (É bem provável que esse texto endosse minha opinião, rs) Toda a minha energia está focada em uma luta constante e diária contra a perspectiva assombrosa do impossível, me rondando. Esse tema tem me incomodado muito ultimamente, tanto que me fez romper essa barreira do silêncio. Pra começar eu protesto contra o crentianismo que vivi, que transformou as promessas de Deus em chavões distantes da minha realidade. Eu protesto contra todos, que como eu, têm facilidade em cantar hinos que nunca vão viver e contra os gritos de guerra "posso todas as coisas naquele que me fortalece" que não duram uma 'reprovação no vestibular' ou um desentendimento no casamento/namoro. Meu protesto, inclusive, alcança as pessoas que dizem acreditar no casamento mas que não perdem a chance de dizer "foi melhor assim", ou outras palavras que no fundo significam "que venha o próximo!". Protesto contra tudo [em mim, como já disse] que decide desistir por que achou difícil. Protesto contra a concepção de que ter uma casa própria, aos 20 e poucos anos, até dezembro é possível (e posso perfeitamente fazer uma campanha pra isso), mas ser uma esposa melhor, ou marido mais participativo e ajudar minha jovem e sobrecarregada esposa com as tarefas de casa é extremamente impossível! Eu protesto contra o teor materialista de pelo menos 95% dos pedidos dos crentes, nas campanhas das igrejas. Da vontade de sentar, fazer a pose do Willy Wonka Irônico e perguntar: "Então ter um Honda Civic é seu projeto pra 2012? Me explica sua noção de impossível quando seus filhos pedem pra passar mais tempo com você??  
Eu protesto contra mim, por que acreditei que Jesus poderia converter o coração dos adolescentes pra quem pregava, mas achei impossível que Ele tomasse meus problemas em Suas mãos! Eu protesto contra minha natureza evasiva e covarde, eu protesto contra todas as vezes que perdi bençãos maravilhosas no simples segundo em que decidi desistir delas. Eu protesto! 

2. O impossível, minha única opção
O que mais assusta nisso é que acreditamos no Mar Vermelho se abrindo, na Ressurreição de Lázaro, mas não em nossa conversão plena, na transformação das pessoas, na restauração dos lares, na cura da alma. Estamos limitando o agir de Deus com nossas regras céticas e superficiais. Se cremos que Deus criou todas as coisas por que Ele não poderia regê-las? Cheguei em uma fase da minha vida que pra qualquer direção em que eu olhe vejo no escuro, um temível e imenso ponto de interrogação, só me resta crer no impossível! Não tenho absolutamente outra saída, exceto crer que Deus tem um propósito pra isso e que no fim, tudo vai dar certo. Tive a oportunidade de registrar nesse blog alguns dos desafios da minha caminhada cristã e agora tudo parece tão coeso e linear. Eh... se fosse resumir tudo de forma bem brutal diria: Deus numa tentativa amorosa de me salvar de mim mesma, resolveu me interditar! Ele deu uma bela transtornadinha básica em tudo pra me mostrar do que são feitos os relacionamentos, os laços, os compromissos. Pra me mostrar com quem posso contar e até que ponto. No fim de tudo, o que sobrou foi um terreno devastado, cheio de ruínas do que um dia foi o orgulho, a vergonha, a coragem, a certeza. Ou seja, um visual perfeito pra recomeçar com o que realmente importa: Fé, Esperança e o bem maior - O amor. E se parece impossível pra você viver só com isso, cuidado, você pode chegar onde estou. Confesso que no fim foi um alívio ficar livre dessas coisas que não me levaram a lugar algum! De me livrar da expectativa corrosiva das pessoas (e minha). Eu espero não voltar mais pra esse lugar onde as pessoas não são passíveis de erro e falha. Onde a gente tá sempre sendo avaliada. Por onde passei encontrei verdadeiros "relatórios" de onde, como, até que ponto estava errada no meu casamento. Acusações precipitadas, julgamentos disfarçados de mãos estendidas. Quando tudo se foi, percebi o que realmente importa. E pelo que vale a pena lutar. O que vale a pena preservar. O que faz falta, o que não faz. E daqui, de onde estou, o impossível parece bem menor... imagino só o quanto ele é minúsculo do ponto de vista de Deus.

3. Encarando o impossível de frente
Então o resumo da ópera é: Ou você acredita no Deus do impossível, ou não. Aceite uma das duas verdades e siga nela. Mas não me venha debochar do primeiro irmãozinho que encontrar, orando por algo que pra você nunca vai acontecer, por que graças à Deus, não é você que determina isso. E quando encontrar uma irmã orando para que o seu marido alcoólatra 'aceite Jesus', fale palavras sinceras de encorajamento. Sempre. Depois de ter como objetivo de vida algo impossível, passei a discernir os que realmente acreditam na minha vitória. Passei a encarar de frente a minha conversão genuína, a libertação dos meus vícios e pecados de estimação. Eu desejo ser alguém que ainda não sou. Ser uma esposa que não fui. Ter qualidades que definitivamente não tenho e rejeitar manjares que fazem salivar a minha boca. Desejo ter um relacionamento ainda mais próximo com Deus a cada dia. Sei o quanto sou profundamente corrompida pelo egoísmo e o quanto isso destruiu minha vida, meus relacionamentos. Espero, sinceramente, ser livre da preguiça, do comodismo, do ceticismo, do julgamento cruel, da crítica. Isso parece ser impossível pra você? Espere até me ver no céu! Se eu não ficar livre de tudo isso aqui nesse mundo, quero morrer tentando. Não vou perder nada em lutar pela minha restauração, afinal ela foi garantida a mim, na cruz de Cristo, e eu cri nisso.
Deixe-me dizer algo sobre Fé. Por favor, faça isso por você. Comece a sonhar com mudanças profundas em sua vida. Tenha fé que você pode vencer em Cristo. Desiste de fazer isso sozinho. Acredite em mim, eu tentei. Anseie por ser alguém melhor pro mundo. Anseie ter um relacionamento melhor com Deus. Eu desejo isso pra mim, desejo isso pra você que é meu amigo. Tive a oportunidade recente de encontrar pessoas que têm como sua 'luta diária pessoal' coisas impossíveis. E sabe o que aprendi olhando pra esses casamentos, filhos, vícios... aprendi que isso é mesmo impossível. Mas não pra Deus! Ainda bem. Isso pra Ele, é apenas algo que Ele realiza, pra Sua glória, quando começamos a compreender a grandiosidade do Seu poder. Tudo se trata, desse modo, de como limitamos Deus e de como acreditamos erroneamente que Ele nos dá uma forcinha lá no mundo sobrenatural pra nos dar presentinhos materiais, como um papai noel, se formos bonzinhos. Tenha fé pra usufruir de mudanças que não consegue fazer sozinho e de bençãos maravilhosas que você não merece por que é, sim, aceite isso, mais um pecador todo estrupiado, igualin eu, totalmente dependente da misericórdia de Deus.
Dê uma revisada nos seus objetivos pra 2012. Olhe com a perspectiva da eternidade. Tenha coragem pra apagar os que não importam. E tenha fé pra acrescentar uma meia dúzia de coisas impossíveis. Se entregue realmente nas mãos de Deus, vamos ver o que acontece... 


sábado, 31 de dezembro de 2011

LIÇÕES EM TEMPOS DE CHUVA

1. Tempo de Ventos Fortes e Nuvens Cobrindo o Céu
2011 foi um longo ano, um ano com muitas dificuldades não só em minha vida espiritual e ministério mas em minha vida particular, emocional e profissional. Um ano com conquistas é claro, mas especialmente um ano de lutas, inclusive algumas que perdi. Comecei o ano assumindo um cargo à frente da liderança de Adolescentes, esse desafio marcante sem dúvida me proporcionou os melhores momentos do ano. Vi o Senhor abrir caminho para um ministério inovador que marcou a vida de muitas pessoas além da minha própria. Vi Ele preparar caminho, apoio, auxílio e parceiros que tornaram tudo possível, agradável e divertido. Louvo ao Senhor pela companhia de Leo, Calmom, Vinícius, Anderson e muitos outros que me fizeram resistir, numa época em que 'largar tudo' era só o que passava pela minha cabeça. 
Os ventos já estavam soprando forte, uivando e batendo as janelas da minha alma, me assustando. Sim, eu pensava o tempo todo em fugir! Eu estava apavorada com tudo o que estava sentindo, solitária eu escondia minha aflição, acoada e envergonhada por não estar conseguindo vencer minha carne, que fraquejava covardemente.
Os adolescentes contribuíam com tudo o que eu pedia e embarcavam nas sugestões cada vez mais desafiadoras, eles estavam felizes e entretidos, contudo eu dizia nos meus lapsos de franqueza, que eu só tinha meu amor pra oferecer. Falhei em todo o resto mas sei que os amei de todo o coração em cada segundo que estive com eles. Amei suas vidas, suas necessidades, seus sonhos e aflições. Amei os desafios que eram submetidos e com amor fui com eles até o limite da minha coragem, que nem era tão grande assim. Mas por trás da euforia de tantos eventos, divertidas aulas, evangelismos, animados cultos de louvor e outras tantas programações havia uma líder aflita, perseguida, sobrecarregada. Eu não sei ao certo como começou isso mas eu realmente comecei a acreditar na voz que me dizia que eu não ia conseguir chegar até o fim. Ainda tive que lidar com mentiras, levantes e perseguição de uma certa líder que resolveu proibir seus alunos de frequentar nosso ciclo de amizades, como se eu estivesse pregando algum tipo de heresia. De tanto prendê-los e manipulá-los acabou perdendo muitos deles para o mundo. Além de ser afetada com a disputa extremamente desnecessária que ela promoveu, me entristeceu vê-los se desviarem do caminho. Potenciais músicos e líderes com carisma extraordinário, agora enfurecidos e marcados por uma péssima impressão da igreja, entregues ao mundo, longe do aprisco. Mas estes foram os erros dela. Me atingiram certamente, mas estou refletindo sobre os meus erros e meus desafios, que estavam apenas começando a se agravar nessa época. Aparentemente tudo ia bem, as aulas no curso bíblico produziam uma fome de conhecimento cada vez maior, os ensaios da Banda, fluiam, o repertório era cada vez mais espiritual e comprometido, os Evangelismos tinham mais adeptos a cada mês. Os adolescentes participavam espontaneamente da liturgia do culto, levando convidados, se comprometendo com missões e eu?? EU? Eu estava ruindo... 

2. Tempo de Chuva Intensa, com Raios e Trovões
Olhava no espelho e dizia a mim mesma: Impostora! Eu estava infeliz com meu casamento, em casa longas e cansativas discussões depois do culto que 'roubavam' toda felicidade que eu sentira, horas antes. Além do mais eu detestava trabalhar onde estava trabalhando, chegava cansada e deprimida todos os dias em casa. Não tinha dinheiro pra nada, só ia da casa pra Igreja e em casa era aquela maravilha. Eu ficava feliz em ver as crianças na Igreja mas em casa éramos só ele, eu e uma solidão criando um abismo entre nós. Não havia o sorriso lindo de um filho me esperando em casa, apenas o desgaste de 8 anos e meio de relacionamento com uma pessoa fria, sóbria, que criticava minha posição na Igreja e cada atitude minha. Eu tinha me tornado uma pessoa absolutamente cansada, sem paciência pra nada e de saco cheio das cobranças dele. E essa era a pressão do fracasso que eu suportava sozinha, longe do sucesso do ministério com os adolescentes. Ninguém na minha igreja ou família sabia de nada. Nos cultos eu chorava em silêncio, cerrava forte os olhos e pedia socorro sem muita esperança que Deus pudesse agir sobre a vontade do meu marido. As nuvens cobriam o céu da minha vida e comecei a duvidar que algo pudesse mudar naquela situação. Sem saber usar a força que Deus podia me oferecer, fraquejei e entreguei os pontos, no fim do primeiro semestre. Entreguei o cargo e saí de casa. Os últimos raios de sol se foram e começou a chover em mim.
Eu estava mesmo tão cansada, tão desanimada, tão descrente que parecia que seria mesmo um alívio ficar longe dos holofotes. Não suportava minha auto-crítica interior que apontava cada uma das minhas falhas e que não enxergava esperança num raio de quilômetros à vista. A pior parte é que eu fazia parte da liderança de uma equipe de oração e campanha em favor das famílias, dentro da imensa família que faço parte e a cada lar revelado eu pensava "o que eu entendo de sucesso na família?" "a minha mesmo é exemplo de fracasso na comunicação, amor e harmonia!" que droga estou fazendo aqui??? Aquele era o tipo de hipocrisia que eu não conseguia suportar. Lembrando que começou a chover dentro de mim no exato momento em que perdi a fé na minha família. E quanta chuva enfrenta aqueles que não sabem esperar a resposta de Deus!
Sim, Eu desisti. Não faço apologia a favor, nem sou crítica ferrenha contra. 
Eu desisti. Corri e me escondi a La Elias, fugindo de Jezebel pra dentro da caverna.
Fiz tudo errado, me deixei dominar pela exaustão, pela falta de perspectiva, pela falta de esperança.
De um dia pro outro joguei tudo fora, nunca mais voltei na igreja e nunca mais voltei pra casa. Minha vontade mesmo era tomar um ônibus pra qualquer lugar desconhecido e tentar recomeçar, mas eu era covarde até pra isso. Acho que orei por no máximo 30 segundos, durante todos esses meses. Minha oração era: "Deus, tenha misericórdia de mim, me ajude a me levantar." Eu sabia quantas críticas viriam, quantos telefonemas eu iria (ou não) receber. Inclusive, sabia que tomando essa decisão muitas pessoas iam simplesmente me abandonar, me banir. Em muitos ciclos de convivência não há lugar para fracassados! Não há lugar para os que desistem, para os que caem. Eu lamento por isso. 
Experimentei o estender de mãos inesperadas e igualmente me surpreendi com indiferença e descaso de pessoas que nunca imaginei.
[...]
Então decidi escrever pra dizer que existem tempos de chuva que parecem não acabar. Chuva que nos pega de surpresa e sem abrigo. Chuva com ventos e trovões. Chuva que escurece o céu e tira nossa esperança. Chuva que nos deixa assolados...

3. Tempo de Cessar a Chuva
Ainda que esteja cá escrevendo sob goteiras do meu teto de vidro [em ruínas], quero dizer que acredito em tardes de sol no porvir. Acredito que tudo o que aconteceu em minha vida não aconteceu em vão. Que Deus Regente e Poderoso sabia quão frágil era minha estrutura. Sabedor de todas as minhas fraquezas, conhecedor de todas as minhas carências. Ele sabe e por muitas vezes eu só podia dizer isso à Ele: "Senhor, Tu sabes!" . Descanso sobre o fato de que não tenho que impressioná-lo, nem inventar desculpas, nem elaborar explicações "Ele sabe!" Ele assistiu tudo e sabe no que falhei e por que falhei. Ele não será implacável e unilateral pra me punir, Ele me ama. Sua intensão como um Pai amoroso é que eu aprenda a lidar com minhas fraquezas. Que eu cresça, supere, recomece. 
Então achei melhor escrever sobre o que aconteceu do que ficar sentado na lama me "lamentando". A chuva vai passar, a lama vai secar, a grama vai brotar. Por que Ele faz novas todas as coisas. É de sua vontade que os caídos se levantem, que os fracos se fortaleçam, que os desanimados encontre coragem e estímulo. Sua Palavra está repleta desses conceitos. Talvez sua igreja, família e amigos não tolerem seu fracasso e queda, mas com Deus não funciona assim. O mundo que Deus criou funciona sob a lei da Renovação, digamos assim. Ele renova sua misericórdia, renova nossas forças, esquece os nossos erros, nos dá outra oportunidade. Assim funciona com Deus, nós é que somos miseráveis demais pra nos perdoar e aceitar nosso recomeço. Eu não vou fazer parte disso. Não mais. 
Fracassei, desisti, entreguei os pontos, errei feio, pisei na bola, sim. Eu fiz tudo isso, e não vejo prognóstico otimista no sentido de não acontecer de novo. Sou de carne e osso, fazendo o mal que não quero fazer. Estou sempre metida no meio de uma ou outra tempestade. E sabe o que tudo isso já me ensinou?
Que não há chuvas e trevas que durem pra sempre. Uma hora, isso passa. Minha vida, família, casamento, ministério, tudo isso está afetado pelas lições que tenho aprendido nos dias de chuva, lições de amor, graça e misericórdia que me inspiram a enfrentar o ano vindouro. Estou certa de que Deus tem planejado passeios  em dias de sol pra nós dois. Mal posso esperar para aproveitar tudo isso. Chuvas? Lá fora, não dentro de mim! 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A FELICIDADE DE FAZER A TUA VONTADE

1. Senhor, Tua vontade é o meu prazer
Eu trabalho com adolescentes na minha Igreja. E esse ministério é sem sombra de dúvida o maior presente, desafio, dor de cabeça, alegria e surpresa de 2010. Nunca me imaginei trilhando esses passos e muito menos adquirindo esta responsabilidade e confiança, com Deus, com minha Igreja e com eles. O que Deus fez em minha vida, devo confessar, foi surpreendente e extraordinário. A forma como ele me tirou do barco, ainda em Társis, com toda aquela tempestade, aquelas pessoas me acusando e gritando, trovões, ventos e ondas altas. O frio choque com a água do mar. O momento que pensei que seria meu fim, até que... O peixe me engoliu pra me mostrar o preço da desobediência e o tamanho da misericórdia de Deus, me dando uma segunda chance. E lançada na praia de Nínive fui tratar de realizar minha missão. E a analogia termina por aqui, pois minha inclinação em me apegar à aboboreiras é grande demais pra ser incentivada. Chega de ser Jonas. Isso acaba aqui.
E lá fui eu trabalhar, com sentido de labor mesmo, tripaliu, sem amor, apenas por obediência. Mas os capítulos dessa história já são conhecidos dos (únicos 4) leitores desse blog. O Senhor começou uma obra linda em meu coração e Ele sabe bem como terminar toda boa obra que começa. Eu fui me apaixonando pela vontade de Deus e deixando de lado a minha imponente e quase indomável vontade própria, para fazer aquilo que o Senhor me tinha proposto. Quando dei por mim, já estava totalmente apaixonada. Totalmente envolvida e entusiasmada. Veja bem, eu que resisti a isso, hoje estou amandooooooooo. Isso não é loucura?
Meu coração é todo dEle e Sua vontade é o meu prazer. Não faço a menor idéia de como fazer nada e estou administrando 100% dos obstáculos com auxilio de Deus. E vocês acham que são poucos? Meu Deus! Como são muitos! Mesmo com todos os medos, receios, com toda humildade, erros e mancadas, mesmo com os desafios, com a batalha espiritual, o levante do inimigo, mesmo com minha carne fraquejando (de 10 em 10 minutos) querendo sair pela porta e não voltar mais. Mesmo com todas as caixas de som e microfones conspirando contra mim: Eu estou amando.
Ver o crescimento espiritual deles, receber o amor deles... (pausa prolongada pra me emocionar...) Sabe. Nunca recebi tanto amor assim... Eu olho pra eles, vejo a confiança que me dão, a forma como me concedem o privilégio de conhecer suas dores, medos, sonhos, frustrações, seus problemas... Quantos problemas!!! O mundo desabando sobre suas pobres cabecinhas... E esse assunto, merece um pouco mais do nosso tempo e mais algumas linhas.

2. Problemáticos (?)
Eu entrei pela porta da frente no coração dessas pessoinhas. No meu primeiro dia já tive de lidar com um mundo aonde os pais abandonam, aqueles que deveriam proteger agridem, aqueles que deveriam amar, ofendem. No primeiro dia! Eu voltei pra casa e choreiiiiiiiiiiiiiiiiii rios. Perguntei à uma garotinha o que “desejava seu coração”? ao ensinar o salmo 37:4. Esperava ouvir muitas coisas, menos “a cura pra minha doença nos rins”. Meu Deus.... eu queria me vestir de saco e cinza! Ao ensinar sobre perdão me deparei com um mundo de ofensas, maus tratos e desvios morais. Eu queria abraçá-los e esconde-los nos meus braços. Eu queria ir pra casa com cada um. Mas eu tinha que os deixar ir de encontro com seus problemas. Só podia pedir, incansavelmente, que Jesus estivesse com eles. Que o Espírito Santo ministrasse a cura pra cada ferida que havia em seus corações. Pedia (e peço) a Deus que eles superem as cenas de violência doméstica que viram, aos atentados que sofreram, aos surtos de insegurança, imaturidade e infelicidade de seus pais. Que Deus os ajude todos os dias a vencerem as tentações do mundo, tão latentes nessa fase.
São problemas de todos os tipos, desde baixa auto-estima, fragilidades emocionais, carência afetiva, até drogas, crime, homossexualidade, violência, pressões de todos os tipos: econômicas (de uma sociedade de mercado), midiáticas (de uma cultura visual), pressão do grupo (pra ser sempre descolado, legal, interessante). São os fortes impulsos sexuais, as mudanças hormonais, o desajuste social, as bruscas e violentas mudanças corporais. O romance não correspondido... Tantas coisas....
Sei que o mundo os olha como problemáticos. Mas eles não só geram problemas! Eles sofrem problemas! Eles respondem á problemas com problemas. Eles respondem a indiferença de seus pais, respondem as agressões e negligências que sofreram e sofrem. Eles são reativos. E têm muita energia, muito potencial, muita vontade de mudar o mundo. Parece-me óbvio que eu me identificaria com esse grupo, por que isso nunca me ocorreu antes??? Mais uma vez meu criador mostra que me conhece mais do que eu mesma. Ás vezes eu olho pra eles e penso: Isso! Era disso que eu precisava!!! Ás vezes grito socorro: Papai! Eu não vou conseguir. Esse trabalho é em tempo integral. Toma todo meu tempo e energia. Pede que eu me envolva, que eu me responsabilize, que crie laços. É complexo, desafiador, exige sinceridade, carinho, honestidade, cabeça no lugar, intimidade com Deus e mais do que tudo: bom exemplo. Nem preciso dizer que essa é a parte difícil. Dar bom exemplo pra eles, num mundo que os diz faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Como é difícil, constrangedor, impactante. Isso é diferente de tudo o que eu já fiz e imaginei fazer. Por que eles me ligam quando estão com medo, quando tiveram um pesadelo. Elas querem me contar que brigaram com sua melhor amiga, que não conseguem assumir sua religião pros amigos, que levaram um “fora” e céus, não querem mais sair do quarto por causa disso. Desafios e mais desafios. Todos os dias. Mas não é disso que é feita a obra de Deus?!

3. A palavra de ordem é: COMPROMETIMENTO
Aprendi. Isso foi recente – Preciso me comprometer. Não dá pra encarar isso como uma “coisa” que preciso fazer pra Deus me deixar em paz. E lamento muito, pois era exatamente isso que eu pensava. Que Deus era aquele que dizia: “Faça isso ou eu....” Entende a profundidade da mudança? Eu estou aqui anunciando que um a um os projetos de Deus pra minha vida não só começaram a ser realizados com minha permissão, mas que agora eu ansiava por eles. Sonhando os sonhos de Deus e me dedicando totalmente para ‘fazer acontecer’. Não existem meios de mostrar seu amor por alguém ou algo sem se comprometer. O amor busca naturalmente o compromisso! E aquele que foge do compromisso não está certo sobre o amor que sente. Como dizer que algo é a coisa mais importante de sua vida se você simplesmente não dedica tempo algum para isso? Como receber tanto e não querer oferecer nada em gratidão? Se comprometer é a única via. Foram muitos anos me escondendo atrás da máxima de que eu não era boa o suficiente para realizar o que Deus me pedia. Veja bem se eu sou capaz de me conhecer mais do que Ele!? Nunca. Nenhum pouco. Então quando entendi que Deus me criou com um propósito e depositou em mim toda a capacidade de realizar. Que Ele nunca vai me cobrar mais do que posso dar e que sondando meu coração Ele tem condições de me avaliar da forma mais íntegra e completa possível e apenas essa avaliação deveria contar. Não a das pessoas. Não a da família. A de Deus. Ele vê em meu coração aonde errei e no que acertei. Ele reconhece meu esforço e tentativa. Não devo me preocupar em mais nada além de honrar o compromisso que fiz com Ele. Eu me comprometi com Deus em 2010. Me comprometi com sua obra. Me comprometi com os problemas que aqueles adolescentes passam. Me comprometi com o carinho que recebi deles, gratuitamente. E isso era o mínimo que eu poderia fazer. Selar um compromisso de lealdade e dedicação com Deus, e receber dEle suas valiosas sementes, no objetivo de contribuir para que elas sejam devidamente plantadas, regadas, cuidadas, nutridas, protegidas. Para que no devido tempo, apropriado a cada uma, segundo sua espécie, dêem frutos de honra para o nosso Deus que deu o crescimento e que responde, por sua vez, pela qualidade da semente. Afinal elas são dEle. Ele é o Senhor da ceara. E ser semeador é sem dúvida o que eu nasci pra ser! Eu me deleito no Senhor e no Seu infinito amor ao elaborar um desfecho tão extraordinário assim pra este ano... Que venha 2011 com todas as maravilhosas lições que Deus preparou pra mim. O centro da vontade de Deus é o melhor lugar pra começar um novo ano!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

EU ME RENDO!


Tenho uma declaração a fazer: Nada foi mais difícil do que me render ao Senhor!
Que bom que pra você foi fácil e agora você lê com esse olhar de superioridade. Só tenho uma coisa pra te dizer: Sorte sua! (risos)
Normalmente tem sido assim na minha vida, o que é fácil pra todo mundo, pra mim é uma novela (mexicana). Então foi muita sorte pra você que não teve que passar pelo que passei. Não teve que ver sua vida se estraçalhar no chão, seus sonhos indo por água abaixo. Seu "eu" e toda a sua "cabeça erguida", sendo guinados ao chão como ferro que se curva causando aquele estardalhaço.
Foi muito difícil me render e juro que pensava que havia entregado tudo, até que...
O Senhor achou tesouros escondidos na minha alma. Restos preciosos de orgulho que havia guardado a sete chaves. Eu jamais entregaria isso até que... Ele me pediu as chaves e eu não pude resistir.
Bem, poupando os detalhes, o fato é que havia ainda muita coisa escondida, muitas coisas a entregar e muito que submeter. E honestamente, ainda há. Eu não tive coragem de acompanhar o Senhor nessa busca, mas pelo menos entreguei as chaves desses compartimentos em Suas mãos. Tudo é dEle agora e será uma questão de tempo até que Ele tenha dominado tudo. Eu me rendi. Foram muitos anos construindo meus próprios sonhos e futuro, construindo minhas ideologias e verdadeiras 'fortalezas' de convicções, profundamente alicerçadas e com muito orgulho, altivez e individualismo na sentinela, com arma apontada para qualquer suspeito que se aproxime sem ser convidado. Eu rendi essa fortaleza racional que construí em nome da fé e do desejo de conhecer a Cristo. Nossa, nem mesmo eu consigo acreditar! Mal posso falar em voz alta. Quem sabe com o tempo fique mais fácil assumir isso... Eu me rendi... Eu me rendo... Ainda é doloroso. E se você quer continuar lendo isso, por favor queira compreender essa dor.

Preciso parafrasear algo, acompanhe:

"Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
Quem é aquele que sem conhecimento quer encobrir os Seus conselhos?
Eu falava de coisas que nem mesmo entendia,
coisas que eram maravilhosas demais pra mim.
Coisas que eu não conhecia ainda.
E desde que me disse:
Escuta, e Eu falarei.
Tenho perguntado e Tu me respondeste.
Preciso confessar que só Te conhecia de ouvir falar
E agora meus olhos Te vêem.
Por isso me arrependo de toda idiotice que cometi.
Me arrependo profundamente..."

Essas são as palavras de um homem que se rendeu – Jó. Ele entregou todos os compartimentos de sua vida ao Senhor, sem reservas. Guiado ao mais profundo de sua alma, conseguiu de lá, reconhecer que não sabia de nada, que falava de coisas que não conhecia. E eu me sinto exatamente assim: ignorante. Penso em todos os sermões que preguei e de todas as palavras que ensinei e analiso dentro de mim... Eu ainda não sabia de nada.... Nada ainda...
Porque a cada passo que dei em direção ao Senhor foi como subir e ver minha casa ficar pequeninha, ver as pessoas e os carros como formiguinhas... Ficou ridículo ver as bobagens insignificantes sob as quais me escondia... Dá vontade de rir da minha mediocridade... Elas não são nada pra Deus... Quando penso no tempo que perdi, e em troca de quê? De nada! Aí reconheço quão mais altos são os pensamentos de Deus! Tão mais elevados do que os nossos!!!
Essa sou eu, fazendo a avaliação mais profunda e mais complexa que já fiz da minha vida e já que está aqui guarde com você essas palavras:
EU NUNCA FIZ NADA MAIS NOBRE DO QUE ME RENDER A CRISTO.
Ele deu sentido às coisas e me fez enxergar para além do tempo, das regras, das denominações, das pessoas, das Igrejas, das instituições. Ele me deu mais conhecimento do que todos os livros que li, todos os anos que passei na Universidade, todos os diálogos com todas as pessoas. Compreendo o que o Apóstolo Paulo disse ao se referir “o que ganhei, imputei como perda”. Há mais poder de mudança nas palavras de Cristo do que em qualquer ideologia do mundo. Há mais verdade nEle do que em toda a ciência que examinei. Há mais amor ao próximo nEle do que em qualquer ato de caridade que eu tenha praticado. Há mais paz em Suas palavras do que em qualquer outro retiro espiritual da terra. Há mais nobreza em seguir a Cristo do que qualquer coisa que já tenha feito ou pretenda fazer com minha vida. Não perco mais tempo tentando. Não desperdiço tempo servindo homens. Olho pra Ele. Procuro conhecê-Lo.
Seja o que for que tentar me impedir, coloco isso diante da perspectiva do Eterno. Não vai sobrar nada, eu creio.
E quanto a você, não venha me dizer que se rendeu e blá blá blá, por que eu sei que você também tem seus compartimentos secretos. Reúna suas forças e vá lá buscar as suas chaves... Entregue pra Ele. Ele não merece nada menos do que TUDO. Repita comigo agora: Senhor, seja TUDO EM MIM e você vai experimentar algo de Deus que nunca imaginou antes e todo o resto, vai parecer pequeno.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O QUE É SER UM PASTOR?

1. Que líderes são esses?
Recentemente estive num evento apenas para líderes. Essa foi uma das experiências mais marcantes em toda minha vida até agora. Não somente pelo conteúdo extraordinário que aprendi ali, mas pelas pessoas que conheci, pelas situações que presenciei e pelas reflexões que me acompanharam durante todo o processo.
A primeira constatação marcante foi que existem pessoas (líderes) absolutamente repugnantes. E por um momento tive pena dos que precisam se submeter àquelas personalidades horrendas. Pessoas contando vantagem, pessoas grosseiras, pessoas manipuladoras... Que terrível pensar que aquelas pessoas eram líderes, pastores e pastoras, missionários ou qualquer outro cargo de liderança. Fiquei escandalizada!
Mas não é difícil supor a trajetória que os levou até ali. A atual configuração das estruturas de poder na Igreja são falhas e duvidosas. Basta um homem bem sucedido, vestir-se bem e freqüentar os cultos pontualmente durante um determinado tempo, que ele é consagrado “obreiro” num tempo recorde. Basta saber falar bem, com frases de efeito que é rapidamente convidado a pregar. Basta se casar com a filha de um pastor que é “promovido” a pastor também. E por aí vai... Pessoas com caráter duvidoso, com sede de poder e com preguiça de procurar emprego! Esse é o perfil de muitos pastores que vi ali e que infelizmente conheço. E só quando se experimenta estar sob a autoridade de um bom pastor, amoroso, fiel e dedicado é que se percebe que muitas igrejas estão vivendo de migalhas. Mais frustrante ainda é ver as Igrejas SEDE ignorando o sofrimento dos fiéis. Alheios a má administração do dinheiro, alheios ao autoritarismo e aos milhões de problemas que esses pastores-bomba causam. As pequenas congregações são as que mais sofrem. Elas são laboratórios de iniciantes. Mas quem dera fossem homens com vontade de aprender, cheios de sonhos e de projetos em prol do Reino de Deus. Não! São homens toscos que querem usufruir de boa vida, sem dar absolutamente nada em troca. Se você é de uma pequena congregação, tente se lembrar de todos os pastores que já teve e faça uma breve contagem. Não tenho receio em dizer que a maioria deles seria demitida se houvesse uma auditoria de seu trabalho!

2. Líder: Ser ou não ser? Eis a questão
Mas quando se tem um bom líder, um verdadeiro incentivador, cheio de boas idéias, que valoriza o trabalho de sua diretoria, que está atento ao rebanho, que faz visitas e se preocupa com a congregação... Esse líder inspira toda Igreja a crescer. Ele nos motiva a trabalhar. Servi-lo é prazeroso e submeter-se à sua autoridade é um aprendizado constante. Nossas forças são direcionadas apenas ao combate do inimigo. E a vitória da Igreja pode ser facilmente contada no número de pessoas convertidas e de visitantes nos cultos. Tudo rende, digamos assim. Sou grata a Deus por servir sob a administração de um bom líder, nada mal, por que aos 26 anos, com 20 anos de boa memória congregacional me lembro de 17 pastores antes do excelente pastor que tenho agora. Destes, apenas 5 foram pastores com boa administração, vida íntegra e deixaram saudade ao sair. Os demais se apropriaram dos recursos levantados para construção do templo, outros tinham sua vida conjugal transtornada, outros eram ditadores sem o menor carisma, que se impunham, que mediam forças com a diretoria e que faziam bizarrices de dar dó. E a SEDE? Não estava nem aí... Como ainda não está! Veja se eles são capazes de colocar esses “mercenários” em congregações de regiões de elite, com bons dízimos e com maior visibilidade? Nunca! Eles os enviam para as congregações de periferia, cujos membros têm pouca escolaridade e não ousariam os questionar. Perdoe-me por não respeitar a administração de um campo ministerial que não está de olho no crescimento de suas congregações, apenas nas cifras de seus rendimentos. Que não está disposta a fazer, vez ou outra uma auditoria nas atas dos tesoureiros! É muito desprezo para não ser questionado, nem criticado. Temos sorte por não haver mais escândalos dos que os que já existem. Temos sorte por que esse péssimo comportamento faz brotar uma vontade de ser diferente em muitos outros, que por sua vez se comprometem de forma apropriada, tratando o rebanho com amor, capaz de dar sua vida por ele.

3. O constrangedor exemplo de Cristo
Seria muita fantasia da minha parte pensar que esses líderes deveriam se mirar no exemplo de Cristo? Seria muita ilusão achar que Seu exemplo de liderança servidora e devotada deveria ser o parâmetro pra o comportamento dos pastores? Que faço eu se estou totalmente atrelada ao evangelho que sigo? Como enxergar uma realidade tão fora do padrão de Cristo, beirando ao farisaísmo e ao legalismo? Como não me indignar diante dessa realidade tão assustadora? Acho impossível! Só me resta canalizar essa indignação em um apelo: Não se torne um deles! Se você é um líder não seja atraído por essa fome de poder e influência. Se você ainda não é, mas convive com um grupo, tente alertá-los ao perigo de se deixar seduzir pelo poder, pela arrogância, pela altivez. Uma alma foi muito cara para ser jogada fora por uma liderança equivocada, com fome de autoritarismo, querendo suprimir seus opositores. Se você é um líder peça sabedoria pra lidar com suas ovelhas, até mesmo as mais rebeldes. Ame-as, você vai constrangê-las. Considere-as, você vai embaraçar seus levantes. E mais do que tudo, tenha caráter. Seja exemplo. Comprometa-se. Veja que você não pode fazer nada sozinho, envolva as pessoas com sua visão, com suas idéias, não as imponha. Não transforme seus gostos particulares em regras, Admita que existam pessoas diferentes que você e elas não são piores, nem inferiores, apenas diferentes. Siga o exemplo de Cristo, de perto, não é impossível tentar. Tudo bem que será meio difícil conseguir, mas seremos considerados por nossa tentativa.
Tenho sob minha responsabilidade, adolescentes que terão seu primeiro contato com o Senhor e com Sua Igreja através de mim. Por isso devo amá-los, devo representá-los de forma apropriada. Devo mostrá-los o carinho e a devoção do primeiro amor, bem como a santidade e a necessidade de seguir as regras. De forma que eles cresçam com uma estrutura firme o suficiente para resistir ás provações e tentações da juventude e da vida cristã em si. Não é fácil. Ás vezes até dói o peso dessa responsabilidade, fico com vontade de correr, de recuar, mas não posso! Fico com vontade de dizer pro meu Pai, será que não dá pra esperar mais um pouco? Nem eu sei como fazer essas coisas ainda... como vou ensiná-los? Irmãos. Ser líder não é fácil eu sei. Mas é preciso coragem, caráter e senso de responsabilidade, e acima de tudo isso é preciso ter AMOR, muito AMOR. Não dá nem pra ser cristão sem amor, muito menos para liderá-los. Rogo para que o Pai de amor distribua em todos nós a grande medida que precisamos. Rogo para que as instituições não se esqueçam a quem servem. Rogo para que Jesus seja o modelo de tudo o que somos e do que quer que façamos!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

TOMA SENHOR, EU NÃO PRECISO MAIS DISSO

1. Apegados ao fardo (?)
Domingo passado eu re-assisti o filme "O Peregrino" (baseado na Obra clássica de John Bunyan, publicado na Inglaterra em 1678) com meus alunos da classe dos adolescentes. Eu confesso que nas vezes anteriores em que assisti o filme/li o livro, não percebi a riqueza da fala do Cristão, ao responder como adquiriu aquele fardo imenso, ele responde: "Eu adquiri lendo este livro". Fiquei pensando por horas, naquele imenso fardo. Cheguei à conclusão que muitos cristãos estão carregando seu fardo por mais tempo do que o necessário e evidentemente eu fui um desses.
Primeiro carreguei o peso do pecado, que se tornou cada vez maior na medida em que despertava em mim o conhecimento da Palavra de Deus. Depois, como uma boa cristã da Assembléia de Deus, que cresceu nos anos 90, em Goiás, descobri que carregava também o peso do sentimento de culpa. Esse era o pior, quase patológico. Me sentia culpada de cada um dos meus hormônios em ebulição! Também me sentia culpada por rejeitar certas normas igrejeiras e me sentia rebelde por não concordar nem de longe com as regras de uso e costume que me eram impostas. Evidentemente que não podia me apresentar diante de Deus com todos aqueles erros e com toda aquela carga de pecado. Em vez de dar passos em direção àquele que podia me perdoar, eu recuava, cada dia mais um pouco. O resultado disso foi uma longa caminhada, distante de Deus e com peso demais nas costas. Um sofrimento extremamente desnecessário.
Hoje considero que minha relação com Deus foi totalmente refeita e por mérito exclusivamente dEle, com sua eterna e maravilhosa mania de deixar as 99 e ir em busca de uma só ovelha. Aprendi a pedir perdão e também a me perdoar. Aprendi que existe um efeito maravilhoso chamado “efeito do mar do esquecimento” provocado pelo perdão pós-burradas consecutivas, como era sempre o meu caso. Esse estado de espírito é marcante e nos faz enxergar a Graça de Deus a olho nu, bem ali, na nossa vida. O efeito renovador de ser perdoado é a experiência mais marcante da minha vida repleta de erros. Eu aprendi a rejeitar o fardo do pecado, a entender que ele é prejudicial e que o sentimento de culpa não redime ninguém. Só então consegui encontrar descanso para minha alma.

2. Ao pé da Cruz.
A cena emocionante do Cristão sendo liberto do fardo diante da cruz foi decisiva pra mim. Eu entendi, finalmente, o significado de “lançar sobre Ele nossas ansiedades”. E louvo a Deus porque entendi. Antes tarde do que nunca. Sei que meu coração não vai deixar de se emocionar, de se comover e de se entristecer na presença de Deus, em busca do perdão dos meus pecados. Toda a tristeza que produz arrependimento genuíno está aqui, vigilante, combatendo a iniqüidade. Mas não é mais o estado desesperançoso que vivia antes. Se hoje não me sinto merecedora, as razões não são mais as mesmas de antes. Continuo me sentindo incapaz, pequena, limitada.
É preciso estar vigilante para não cair no engano e na acusação de satanás. De fato não somos merecedores, mas nunca houve merecedores. Todos foram falhos e precisaram do perdão de Deus. Homens e mulheres que estavam frente à obra de Deus falharam, caíram, se sentiram fracos. Isso é normal. E não deve nos impedir de continuar. Precisamos acreditar que Ele já nos perdoou, nos justificou e que não devemos nos acovardar carregando um peso que já foi levado na cruz.
Ás vezes, enquanto estou preparando a palavra pros pequenos, eu penso: “mas nem eu sei como fazer isso, como vou ensiná-los?”. Daí o Espírito Santo me mostra que sou uma aluna, junto com eles, de algo que Ele tem a nos ensinar. Não estou pronta. Amém por isso. Sou uma obra inacabada... Coloque aí “ESTOU EM OBRAS – DEUS ESTÁ TRABALHANDO” Não tenho pretensão de esperar o estado alfa de perfeição para fazer o que Deus me pede. É Ele que me aperfeiçoa. É Ele que me pede que faça. Eu não pretendo parar de errar por coerção, ou por medo. Pretendo aprender com o processo, é bem diferente. Então deixo a dica para todos os meus amigos que me procuraram recentemente para dizer que não se sentiam prontos: Deixe seus medos ao pé da cruz, deixe seus receios, seu orgulho, sua covardia. Lance sobre Ele sua ansiedade. Olhe bem pra cruz e veja que você não pode carregar o fardo do pecado, ele é pesado demais. Enquanto estamos olhando pra cruz somos libertos de tudo, pois recebemos o amor que erradia de lá. Eu também não estou pronta e não encontrei ninguém que se sentisse, nem mesmo na Bíblia. Precisamos absorver o significado real da exclamação: “todavia, seja feita a Sua vontade, não a minha”.

3. Pronto pra seguir adiante (?)
Mas a cruz é só o começo da peregrinação. Deixamos o fardo insuportável do pecado e tomamos o jugo suave de Jesus. Tomamos nossa cruz para segui-lo. Moleza mesmo vai ser só na eternidade, entre louvores e gozo sem igual. Aqui meus irmãos, é trabalho duro. Contudo, enquanto a convicção do amor, do perdão, da redenção de Jesus (pacote completo da Graça de Deus) não for nosso único bem não dá pra seguir viagem. Como enfrentar a fúria do inimigo com o peso do fardo? Impossível. Então, em nome de todo o futuro brilhante que teremos na obra de Deus, temos que deixar esse fardo. Davi sabia disso no salmo 51. Sabia que precisava reconhecer o pecado, pedir o perdão e implorar pelo Espírito Santo. Davi, no dia seguinte a perda do bebê, se levantou e seguiu adiante. Eu sei o quanto isso foi difícil pra mim, sou bem mais ‘dramática’ que Davi. Cultivei minhas feridas, cultivei meus erros, medos, falhas, dei importância demais para levantes, opiniões contrárias. Chega! É obvio que cultivar tais coisas, só pode gerar ainda mais dor. Abri mão de tudo isso por um bem muito maior. Decidi me ajoelhar diante da cruz, segurar nela e me levantar.
Fico imaginando os inúmeros receios que permearam a mente dos nossos heróis. Pedro pensando: Logo eu, que o neguei? Paulo pensando: Logo eu que persegui? E tantos outros que eram os caçulas, os trapaceiros, os medrosos. Não sei de onde vem essa preferência de Deus pelas coisas vis deste mundo. Por que Ele escolhe as pequenas pra confundir as grandes, as loucas pra confundir as sábias. Mas louvo a Ele por que me enquadro em todas essas características, ou seja, nasci para ser usada por Deus! Aonde abundou em mim o pecado vai superabundar a Graça, por que ao olhar pra mim, vai ser claro que tudo só foi possível pelo poder de Deus. Eu sei que o risco de fracassar está sempre presente, eu sou humana. Deus sabe disso. Mas eu estou depositando minha fé Naquele que tem experiência em transformar vasos de barro em vasos de honra, não em mim. A cruz é minha última parada, tenho um longo caminho pela frente...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O AMOR FAZ TODA DIFERENÇA

1. Não é tão simples assim...
Erramos ao reduzir o amor ao relacionamento, cometeremos um erro se reduzirmos o amor a qualquer coisa que seja. É óbvio que estou falando do amor romântico, aquele arrebatador sentimento que une um homem e uma mulher acima de todas as suas diferenças. Os relacionamentos podem ser (e têm sido) forjados, manipulados, sustentados por razões sociais e culturais, mas o amor não. O amor é o ingrediente mágico que torna a ‘vida a dois’ sustentável e sem amor... definitivamente tudo desaba. E como os casamentos têm desabado no meio evangélico! Parece-me óbvio que o resultado de um relacionamento forjado pela igreja esteja fadado ao fracasso e me pergunto quantas pessoas ainda vão se deixar manipular por esse jogo, aonde as pessoas solteiras são simples peças de um tabuleiro, que depois de unidas uma a uma são substituídas por um casal. Quantas pessoas serão presas à solidão por conta dessa visão de relacionamento?
O amor e o romance não recebem a devida importância na concepção de namoro, noivado e casamento das igrejas. Isso pode ser facilmente percebido naquelas palestras [patéticas] com as “10 maneiras de salvar seu casamento...” ou ‘o que você precisa fazer é...’ Isso pode piorar se vier a temerosa frase ‘os homens são...’ ‘as mulheres jamais....’ Por que quando começa essa papo furado, eu saio pra tomar um ar e não enfartar de vez nessas palestras. Detesto essas fórmulas e detesto todos esses conselhos maçantes e que, absolutamente, não servem pra ninguém. Pra mim a questão se origina principalmente no fato de que a igreja ainda não consegue conceber o ser humano em sua complexidade, portanto não está apta pra lidar com um relacionamento que, por sua vez, se trata de dois seres, unindo suas complexidades, conflitos, virtudes e defeitos. Se não é possível pra eles compreender a profundidade de um ser humano, atuando em papéis de marido e esposa, nunca saberão do que se trata um casamento. E lá vem aquele lixo goela abaixo dos cristãos. Que alienante, que frustrante!
Ainda espero ouvir um discurso que leve em consideração problemas mais profundos do que “ela deixa tudo bagunçado”, “ele não me ajuda com as crianças”. É preciso conhecer os projetos de Deus para o homem e para a mulher no casamento, conhecer o que o ser humano significa em Deus. Depois disso, é preciso oferecer ajuda apropriada para lidar com a pressão da escolha do parceiro (que pode ter sido uma escolha errada, precipitada, por que não?), ajuda pra re-inventar um romance com o que sobrou, depois de tantas brigas, tantas ofensas. Ajuda pra perdoar. Ajuda pra lidar com a responsabilidade do casamento, enxergando as diferenças e dificuldades, lidando com elas, pra só assim ter argumentos para seguir adiante. Não por uma pressão ou recriminação do divórcio (e do divorciado), mas porque uma decisão madura e pensada foi tomada por adultos, cientes de todos os complicadores envolvidos nessa decisão. O casamento é bem mais do que 2 pessoas com dificuldades na adaptação de sua convivência doméstica. E me pergunto até quando ele será reduzido a apenas isso????

2. A igreja e o casamento
Por princípio, o relacionamento entre um homem e uma mulher é algo complexo. Afinal são pessoas com educação, sonhos, projetos e opiniões distintas. Homens e mulheres com suas diferenças sociais, com seus egoísmos, com suas necessidades, com suas expectativas, enfim... “tudo” pra dar errado, desde o início (risos). O que se espera é que os relacionamentos entre evangélicos sejam concebidos com mais maturidade e com propósitos mais profundos do que simplesmente curtir a companhia e o beijo de alguém. Mas não é bem assim, os moldes mundanos foram transportados para a igreja implicitamente. Quando não são reprimidos (o que também é péssimo) os jovens e/ou solteiros não recebem uma educação cristã que os oriente a lidar com a paixão, com a atração sexual e, sobretudo, que os coloque a par de todas as dificuldades envoltas num relacionamento (evidentemente pautada na concepção mais profunda possível de relacionamento, o que é defendido nesse texto).
Mas a igreja prefere gastar toda sua energia remediando erros nos casamentos do que prevenindo os mesmos. Prefere reprimir o divórcio e provocar um casamento precipitado, do que se envolver com um longo projeto de preparação, o que precisaria de mais planejamento, mais estudo e uma atuação bem mais ampla do que promover palestras com inscrições superfaturadas, conteúdo raso e envolvimento idem. Isso é patético, mas comum, infelizmente. É muito mais fácil ensinar o incomodado a se anular no casamento do que arregaçar as mangas e se envolver com as famílias, tomando para si suas dores e suas frustrações. Se faz emergencial a elaboração de um projeto de preparação e reparação da estrutura familiar que atue efetivamente na educação emocional dos fiéis antes e depois do casamento. Que previna erros e lide com os que já foram cometidos, afastando os tabús e falando abertamente, com sinceridade. Que incorpore um processo intenso de cura interior, restauração da auto-estima, libertação e estruturação do indivíduo como um todo, e um a um. Que implante valores e moral nas famílias, cuidando de ensiná-las o que é louvável diante de Deus e não somente reprimindo, para que os problemas se maquiem.
A quantidade de pessoas feridas pela falta de amor, pela precipitação de suas decisões e pela falta de sabedoria da instituição para lidar com o aconselhamento dos solteiros é muito grande pra ser ignorada.. Casamentos são precipitados todos os dias por essa dose de desespero, somado ao medo da solidão, a carência sexual e a instabilidade emocional de muitos. As conseqüências são terríveis, especialmente se houver filhos envolvidos. A situação vai se arrastando, buscando desesperadamente por ajuda nesses rituais horrendos de terapia existentes nas igrejas, baseadas no geral, reduzindo as pessoas aos seus estereótipos, como modelos de comportamentos que não representam a realidade dos indivíduos em sua multifacetada personalidade. Primeiro por que não há nenhuma demonstração de que o casamento foi levado a sério, como ele realmente é, com tudo o que ele provoca, com tudo o que o catalisa, com todas as angústias e projeções que o espera, levando em consideração a existência do ciúme, da insegurança, do receio da solidão. Segundo por que os palestrantes ainda estão se guiando por uma concepção ora excessivamente biológica, ora restritamente espiritual, do homem e da mulher. E por último por que não dispõe de uma política de aconselhamento que prepare os indivíduos para esperar (em Deus) a hora certa, a pessoa certa, cuidando de prepará-los para a dor e a beleza de construir uma família e uma vida a dois. E a pergunta continua martelando: “até quando”?

3. O incrível papel do AMOR nisso tudo...
Tudo se trata de amor. Da forma como o amor é concebido e demonstrado. O amor não é quantitativo, não pode haver uma fórmula para explicar como senti-lo, como demonstrá-lo, garantindo resultados. Não haverá amor espontâneo e bem sucedido enquanto “forçarem” a barra para que o tal irmão se case com a tal irmã. Além do mais, na verdade acho que o amor não é tratado com respeito na igreja. Pra ser sincera, acho que só foi tratado com respeito nos romances! Só neles o amor recebe toda complexidade, dor e todo o drama que lhe são intrínsecos. Parece contraditório, mas só na ficção existe um fiel retrato da realidade. Porque existem mil histórias de amor, com personagens de todos os tipos, da mesma forma que existem pessoas, com personalidades e combinações variadas na vida real. Existem romances que dão certo e outros que não! Não sei por que e duvido bastante se isso poderia ser evitado. Minha teoria parte de que as escolhas não são racionais e por isso não é possível carimbar "pra sempre" em todos eles. (E até vejo os mais extremistas surtando com a essa frase). É evidente que não dá pra sair namorando e casando até achar a pessoa ‘certa’. Bem como não é conveniente pensar no divórcio ‘como uma opção para o caso de não dar certo’ isso além de desleal, é cruel, pois todos erram, mais cedo ou mais tarde. E o que é pior, muitas e muitas vezes. Também não dá pra listar características numa agenda e esperar o príncipe encantado chegar preenchendo os requisitos. Precisamos de ajuda pra chegar até o amor, eis o papel da igreja.
Mas o amor precisa ser sentido, como prerrogativa, para relacionar-se. É preciso se apaixonar inteiramente, e não me venham com aquele discurso limitado de que a paixão é uma coisa pejorativa, por que não conheço quem viveu sem se apaixonar. É fato que por vezes nos apaixonamos por razões pouco fundamentadas e com a mesma velocidade e intensidade que a paixão entra em nossa vida, ela vai embora, arrasando tudo, como um furacão. O inimigo tem usado essa estratégia para golpear, às vezes mortalmente, muitas pessoas que se apaixonam sem adquirir antes, sua estabilidade emocional, sua firmeza de caráter em Cristo. Quando estamos firmes em Deus podemos nos apaixonar sem danos desastrosos, sabendo reconhecer no outro as qualidades que procuramos e totalmente abertos a lidar com as imperfeições que os acompanham. Esse amor brota puro, intenso e vem pra nos completar como pessoas. Só sob essa base é possível construir um relacionamento sem o ideal de perfeição, sem fantasias, sem medos. Só amando podemos sentir a beleza do outro, nos mantendo atraídos por seu corpo, pele e cheiro, desejando ardentemente pelo toque, ainda com o passar do tempo. O amor faz tudo ser completo, pois desaparece com padrões e moldes impostos arbitrariamente, construindo outros, na interação entre os cônjuges e sendo administrados sábiamente pelo Espírito santo.
E como manifestação de amor, a igreja deve se comprometer com seus fiéis, fazendo o possível para que todos eles consigam amar a si mesmos, como indivíduos completos, para só então aventurar-se num relacionamento. A igreja precisa amar pra ensinar a amar, ela precisa se comprometer pra ensinar e se comprometer. Ela precisa ser um abrigo em tempos de dificuldade para que os relacionamentos se espelhem nela. Só assim as famílias vão encontrar o respeito, a honra e os valores que perderam. Só assim os casamentos vão superar os problemas que inegavelmente têm. A igreja precisa apresentar um Deus que se preocupa com os problemas do coração e que nos demonstrou que somos feitos para o amor, até a última célula. Tudo o que desejo é que as pessoas encontrem o amor. O amor que começa em Jesus perpassa por si mesmo e se completa no amor ao cônjuge, bem como aos filhos, ao próximo. Havendo amor, todos os obstáculos parecem pequenos e todos os problemas são superáveis, com ele dá pra juntar os pedaços do nosso coração solitário. Pra mim é isso, tudo se reduz a uma questão de amor.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"QUANTO A MIM, EU ESTOU PRONTO PRA ANUNCIAR O EVANGELHO"

1. Eu tenho um chamado!

A frase do Apóstolo Paulo em Romanos 1:15, que dá título a este post é muito marcante. Ele está pronto!? Ele não estava pronto quando caiu ao chão em Atos 9. Ele talvez nem estivesse se sentindo preparado, ou capaz, quando disse essa frase, mas ele sabia que tinha um chamado. Moisés também não se sentia pronto quando disse: Quem sou eu para ir até o Faraó? Ou Josué quando teve que substituí-lo. Ou Gideão quando se sentia o menor, sem capacidade alguma. E em todas essas situações apenas uma coisa foi dita para motivar o temeroso ser humano a cumprir sua difícil missão: Eu estarei contigo! A convicção de que Deus, o grande Eu Sou, estará me dando o respaldo e o suporte que preciso, é o suficiente pra me fazer encarar qualquer missão, assim como meus patriarcas na fé o fizeram. Durante muito tempo me senti despreparada e incapaz de executar o propósito de Deus. Para falar a verdade, ainda me sinto. Mas não é meu despreparo que vai me impedir de realizar o que Deus tem me pedido que faça. Eu sei quantas coisas já consegui fazer apenas com a benção de Deus, mesmo com todas as condições desfavoráveis a mim. O Senhor me levou a lugares e me colocou em condições que nunca chegaria sem sua ajuda e reconheço que estava pronta pra desabar a qualquer instante se Ele me deixasse. Por quantas vezes repeti pra mim os versos de Josué1, como uma tentativa de me fazer acreditar em mim mesma, por que por vezes, só Deus me achava capaz. Descobri, depois de todas essas experiências maravilhosas que Ele escolhe quem Ele quer. Nada pode impedir o Seu agir. Ele capacita os chamados, como diz aquela máxima evangélica. O sentimento de despreparo, incapacidade e não merecimento só nos coloca mais perto e mais dependentes de Deus. Não posso evitar, por mais que não me sinta hábil o suficiente, eu tenho um chamado e vou atendê-lo.

2. O grande EU SOU me enviou!
Recentemente clamei ao Senhor “Eu daria qualquer coisa pra ter ao meu lado uma única pessoa que me ensinasse, não sei como fazer isso... prepara uma pessoa Senhor... preciso de ajuda!”, mas em vez de enviar uma pessoa pra me ajudar, me enviou outras para que eu as ajudasse. Eu pedi: “Senhor, me abençoa com esse congresso, me deixa aprender com esses homens de Deus que sabem mais do que eu... eu só quero aprender mais... não estou pedindo algo fora da Sua vontade...”, mas confiante Ele me disse: “Abra sua bíblia, Eu mesmo vou te ensinar.” E é o que Ele tem feito. Para meu total espanto, Ele tem me ensinado coisas extraordinárias e como prometeu, me dá o seu Espírito Santo para me instruir, orientando o que devo ler, o que devo assistir, o que devo falar, a quem devo visitar. Estou longe de ter minha tão sonhada ‘vida controlada pelo Espírito Santo’ mas estou caminhando debaixo de Sua direção e os resultados têm sido maravilhosos.
Vi que quando cumpro exatamente o que Ele me pede o resultado é incrível. É óbvio que por algumas terríveis vezes eu fugi da Sua vontade e, como era de se esperar, quebrei a cara! Mas ao voltar pra Ele, cabisbaixa e envergonhada por querer fazer as coisas do meu jeito, Deus me recebeu de braços abertos me ajudando a absorver a lição que aprendi. Sei que a relação que estamos construindo é eterna e Ele nunca vai deixar de estar ali, pra me orientar ou pra me perdoar. Ele estará comigo. É nisso que preciso confiar. Essa lição que aprendi com Moisés, Josué, Gideão também foi maravilhosamente ensinada por Jesus quando nos deu a instrução final: “Ide” e logo depois, quando os frágeis corações pensavam ‘como?’, ele salientou “Eu estarei convosco, até a consumação dos séculos.” Eu não sei vocês, mas é só isso que preciso saber para atender seu chamado.

3. Não há tempo pra olhar pra trás...
Infelizmente as pessoas não cedem ao chamado de Deus e se apegam às suas vidas mesquinhas. Muitos têm colocado seu amor e seu tempo em projetos que não enobrecem ninguém, nem a si mesmo. Eu lamento isso. Lamento que Deus tenha que lidar com pessoas melindrosas e banais como nós. Mas Ele por seu amor infindável não desiste e continua a nos chamar. As vezes fala mais alto, outras vezes se cala. Mas continua lá, atento ao nosso coração e às nossas necessidades.
Não sou mais aquela pessoa de antes, cheia de ressalvas e condições, agora não limito mais o agir de Deus em mim. Quero mais é que Ele tome inteiramente meu coração e pensamento. Eu entrego o controle de tudo pra Ele. Não posso mentir que me chateio com o “não” que recebo d’Ele vez ou outra. E sei que muitas vezes deixo de receber suas bênçãos por não permanecer na condição e na posição apropriada. A velha Susana está aqui e seus velhos hábitos, prontos pra submergir a qualquer momento. Mal posso esperar para que a obra seja completa e a mudança integral. Enquanto isso, luto todos os dias com a minha vontade de voltar pro mundo, correndo. Mas penso em todos os cuidados que recebo de Deus, sabendo que ninguém me amou como Ele.
Deus me escolheu, minha vida não é em vão. Mesmo com todas as falhas que tenho, não posso deixar de anunciar o evangelho. Sei que todos foram chamados a cumprir o “Ide” de Jesus, cada um de sua forma singular e importante, uns com hinos, outros com missões, outros em oração. Na verdade, tenho pedido a Deus pra me abrir portas para falar do amor de Deus as pessoas, como diz Colossenses 4:3, sem recusar e sem me envergonhar. Como já disse, ainda não me sinto preparada, capaz, nem merecedora. No entanto meus irmãos, uma coisa aprendi: Se Cristo comigo vai, eu irei!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

REPROVADA MAS NÃO DERROTADA!


1. As provações cotidianas
Se tiver uma experiência que o Cristão logo se familiariza essa é a Provação. Deus faz prova como método de nos avaliar e nos fazer crescer, recomeçar, refletir, ponderar e seguir corretamente no caminho da graça. Estou certa de que a provação vem pra cada cristão de uma forma particular, mas em todo o processo o Senhor nos cerca de situações em que devemos demonstrar que estamos aptos, de acordo com o que temos aprendido d'Ele. Precisamos considerar ainda, as inúmeras tentações da carne e a ação de um inimigo feroz que não desiste de tentar nos derrotar. Por conta disso, na maior parte do tempo estamos passando por uma provação. Seria tudo mais fácil se usássemos o apoio do Espírito Santo de Deus, que em todas as situações pode nos ajudar à fazer a coisa certa, no momento certo. Mas não usufruímos desse auxilio tão completo e extraordinário. Além do mais, temos na Bíblia, um manual de conduta, repleto de vida, que se renova a cada manhã, com conselhos, instruções e a própria vontade de Deus expressa em palavras. Temos um Mestre, Conselheiro, com um exemplo incomparável. E ignoramos tudo isso que temos a nossa inteira disposição! Não nos preparamos, não oramos o suficiente, não jejuamos, não fazemos vigílias e não tiramos um tempo á sós com Deus, para nossa edificação e construção do caráter cristão. Oramos de madrugada pelo emprego, pela casa própria, pela festividade da Igreja, ou seja... Sempre em ‘troca de’ e quase nunca para agradá-lo, puro e simplesmente. É lamentável que traçamos um caminho de descaso e materialismo que só pode resultar na implacável reprovação de Deus. E de tudo isso, que não é pouco, nem fácil de assumir, eu me considero culpada.

2. Com o boletim em mãos
Não é tão difícil concluir a relevante moral da parábola da casa construída na areia para a vida cristã. Ouvir e por em prática é o desafio mais complexo e cotidiano de toda caminhada, bem como a mais transformadora das experiências. Todos os dias nós temos oportunidade de colocar em prática as instruções de amor, tolerância e pacificidade contidas no Evangelho. Só assim experimentamos a vida com alicerces lançados sobre a rocha. Olho pra mim (e cada palavra que escrevo é totalmente comprometida com esse propósito auto-analítico) e me vejo novamente empilhando os tijolos da minha vida cristã, agora que as águas do mar derrubaram tudo, impetuosamente, à mando do Senhor. Ele me diz “você não entendeu o que eu disse?” “Não leu minhas instruções?” “No que você estava gastando sua energia e inteligência?” “Qual projeto é mais importante do que esse?” “Francamente Susana, não acredito que você ainda está errando esse tipo de coisa....” E eu, envergonhada, cabisbaixa, amasso meu boletim nas mãos. “Por favor, não tire mais uma nota vermelha como essa...” Tento cobrar de mim mesma.

É muito embaraçoso assumir, mas fui reprovada pelo Senhor. E infelizmente, essa não é primeira vez. Eu sei exatamente aonde errei. Sei que é um erro recorrente e muito, muito prejudicial. Neste nível de vida cristã o egoísmo, a altivez e outros graves problemas de personalidade são tão graves quanto um vício e necessitam do mesmo empenho em buscar ajuda de Cristo para se libertar. Não dá mais pra continuar errando nisso, então reúno todas as minhas forças pra recomeçar. Antes disso, preciso pedir pra que Ele me auxilie nessa nova tentativa. “Por favor Jesus, me dê outra chance. Me matricule na sua turma de Recuperação.”

3. Tirando lição da Reprovação
Quantas pessoas estão como eu, presas numa etapa da vida cristã, reprovadas por não praticar as palavras que ouve? Creio que muitas. Paradas, a poucos passos de receber a vitória. Impedidas por pequenos detalhes de gozar da benção e da aprovação do Senhor. Em uma questão de segundos dizemos a coisa errada e colocamos tudo a perder, não é mesmo? Temos a oportunidade de pedir perdão e dizemos “não consigo”, o momento passa e lá está a palavrinha escrita em vermelho: “reprovada”.

Mas gostaria de transmitir um pouco da minha esperança e convicção pra cada um, que por qualquer razão, ainda tem uma batalha travada dentro de si e infelizmente está perdendo. Ele nos dá nova chance! Todos os dias Jesus nos deixa tentar de novo, glória a Deus por isso! Eu estou aqui, reconhecendo que preciso avançar. Não posso mais permanecer nesse erro. Vou tentar de novo, vou procurar reparar amanhã mesmo e vou me empenhar em obter a aprovação de Deus. Vou procurar todos os recursos que tenho á disposição, a oração, a leitura da bíblia e outros meios que podem me fazer vencer. A partir de hoje muda minha perspectiva diante da vida. Não tenho nenhum outro propósito que não seja esse: ser aprovada para a próxima etapa. Não estou de férias na terra, tenho muito que aprender e não tenho tempo pra desperdiçar. Vou olhando pro alvo que é Jesus e subindo degrau por degrau, mesmo que leve tempo, esforço, trabalho duro. O que não dá mais é ficar preso na mesma etapa. Sei exatamente que não será fácil, mas se você já leu mais do que 2 textos nesse blog sabe que nada tem sido! Nem por isso vou desistir. O desafio está lançado: ir de vitória em vitória, rumo á aprovação de Deus!