terça-feira, 17 de novembro de 2009

INCOERENCIA, DESPREZO AO PRÓXIMO E PERDA DE REFERENCIAL... ONDE ESTAMOS INDO?


1. Um clamor pela coerência !

Sinceramente lamento o abismo que se formou entre a Doutrina genuína que Cristo pregou e viveu e o 'Cristianismo' que é vivido por algumas pessoas e, infelizmente, pregado em algumas Igrejas. A incoerência é tamanha que em certos momentos me pergunto se Jesus 'frequentaria' certas reuniões... Temo que não. E quem me dera que estivesse falando de escândalos pontuais, envolvendo lavagem de dinheiro, corrupção, política, dinheiro na bíblia, mansões no exterior, vídeos escandalosos. Não! estou me referindo a um contingente muito maior e mais generalizado de podridão. Estou falando de um farisaísmo absurdo, de uma disputa pelo poder, pelo dinheiro e em outros casos de busca por reconhecimento terreno. Estou falando da mais terrível expressão de falta de amor - o desprezo ao próximo. Esse cenário de desprezo é tão tenebroso que vejo exclusões nas Igrejas. Vejo o quão distante de Deus as decisões pastorais estão. Vejo o quão revelador é o poder, capaz de trazer à tona toda a vaidade e orgulho da natureza humana. E experimentando o poder as pessoas preferem destruir à construir, destituir à integrar, excluir as opinões diversas e as criticas em vez de fazer uma auto análise e, no mínimo, tolerar. A razão, meus irmãos, é que essas pessoas perderam o referêncial. A bíblia deixou de ser o manual de conduta, a opinião de Deus e do Espírito Santo deixou de ser o guia para suas ações. O que vale é o que é decidido em conclaves, reuniões às escuras e imposições imaturas, na tentiva de eliminar os que se opõem. O que precisa ser resguardado são os cargos, o poder... nunca as almas, o testemunho, as ovelhas. Aonde esta total incoerência está levando estes Cristãos? Para o céu infelizmente não é... Isso não se trata de um julgamento meu, uma conclusão ou uma sentença que estou dando, este é o diagnóstico que garante a palavra de Deus, por isso clamo para que nossas ações sejam coerentes com ela!

2. De volta ao Evangelho

A beleza e a santidade da palavra pode resgatar a conduta da Igreja, somente ela. Teremos um cenário mais próximo ao Reino dos céus quando ela for, de fato, a luz para os caminhos. Preciso deixar claro que o Evangelho precisa ser seguido de perto, individualmente e como sempre digo, de todo o entendimento. Não estamos congregando para seguir ordens às cegas. Precisamos refletir cada vez que dizemos amém, que levantamos ás mãos e também, (por que não?), cada vez que ficamos em silêncio, negligenciando a palavra. O incentivo à leitura da Bíblia é fundamental e só vemos crescimento e maturidade nas Congregações que mantém essa prática. Há, de certo modo, tanta psicologia, tanta doutrina de homens nos ensinamentos, cursos e escolas dominicais que sinto saudade da época em que era mais vantajoso conhecer a Bíblia do que ter domínio extenso de títulos e autores. Não se trata evidentemente que ler a literatura gospel ou secular seja desproveitosa, mas que a Bíblia sim, deve ser o centro, para que diante de determinadas situações o Cristão não tenha dúvidas em como proceder. Esses passos que nos levam de volta ao referencial que é Cristo e sua palavra podem ser mais transformadores do que consigo tratar com minhas palavras, nenhuma retórica é capaz de explicar o quanto pode ser Revolucionário conhecer as escrituras e buscar proximidade com Cristo. Somente quando temos domínio do que Ele pensou e como agiu é que conseguimos (nem que levemos uma vida para isso) nos aproximar de seu modo de conduta, agindo com sua sua aprovação, agradando-o em nosso dia a dia, com nossa simples postura diante das coisas.

3. Endireitando nossas veredas

Estou convicta de que é fundamental para todo aquele que é Cristão, se preocupar mais com o que Cristo pensa a seu respeito, do que como se é visto, ou julgado, pelos outros. Mas meus amados, não transformem isso numa máxima que não permita uma auto-avaliação, partida do feedback dos seus companheiros de estrada. Lembrem-se que nossas ações devem resplandecer em tudo a Luz que nos foi dada, não podemos jorrar água doce e salgada. Nosso testemunho é tudo que temos! A auto-avaliação é fundamental e para todo Cristão, ela deve ser cotidiana e apoiada em 3 aspectos, o que sou para mim, o que sou para o mundo e o que sou para Deus. A avaliação à luz da bíblia sempre segue no sentido de nos aproximar de uma coerência entre estes parâmetros. A palavra de Deus tem poder de nos tornar coerentes, por isso devemos primar por ela e buscar viver em conformidade com o que Cristo espera de nós. Afinal, nós não fomos chamados para nos comprometer com instituições, pessoas e cargos. Estamos construindo um caráter que nos permita ver o Deus que nos criou. Não podemos corromper nossa vocação com o anseio pelo poder, com o egoísmo cruel e com outras pretensões terrenas. Estamos aqui de passagem e devemos contruir algo que esteja para além da nossa efêmera existência. Se queremos seguir os passos de Cristo e ser chamados de Cristãos devemos ser tão concentrados em Deus como ele foi, amando como ele amou, permanecendo em seu amor integralmente até o fim, por mais árdua e complexa que seja essa tarefa. Para que nossos passos digam à todos, sem dúvidas nem contradições, que estamos indo para o céu, encontrar com Ele.

domingo, 15 de novembro de 2009

CAÇA ÀS BRUXAS



Este é um post de protesto à um tipo de Igreja aonde as pessoas são expulsas por questionar. Não, eu não estou me referindo a uma passagem histórica! Estou falando de acontecimentos recentes, promovidos por uma Igreja que infelizmente mancha o nome do nosso Jesus com medidas autoritárias, que julga e sentencia, sem oportunidade de defesa, muito menos de advertências precedentes. Eu protesto contra este absurdo! Não estamos mais na Idade Média. Ou estamos?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

PENSO, LOGO DEUS EXISTE

1. “Eu penso” e isso é perfeitamente agradável a Deus.

Dotados de poder de reflexão e escolha, sedentos pelo conhecimento, curiosos, questionadores, críticos e capazes de absorver e reagir a novas informações, assim fomos criados por Deus. Todas essas ‘características’ nos foram dadas pelo Criador e com todas elas devemos adorá-lo. Quando vivemos sem exercer esse privilégio, desperdiçamos o que existe de único e transformador na espécie humana – a racionalidade. Evidentemente me refiro a capacidade de tomar as rédeas de nossa própria vida, tomando todo o domínio de nossos atos, assumindo a responsabilidade por cada um deles e então, num ato de total adoração, oferecê-los a Deus. O que estou dizendo é que não devemos servir a Deus numa atitude mecânica, covarde, plagiando comportamentos, seguindo a Cristo por que se trata de uma tradição familiar, ou por que nossos amigos estão. E sim, se entregando de forma autêntica, coesa e totalmente racional. “Sim meu Deus eu conheço os outros caminhos, conheço as demais filosofias e escolho não me deixar guiar por nenhuma delas, eu escolho a Ti e faço isso com meu coração e de todo o meu entendimento.” A partir daí a vida recebe um novo significado, que é conhecer face a face quem nos criou.

2.“Deus existe” e me criou para Ele.

Deus existe e é criador de tudo. Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Quando assumimos nossa posição nesta afirmação, temos algumas das maiores questões resolvidas, pois sabemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Sabemos que Ele escreveu nossos dias em seu livro e todos nossos pensamentos são conhecidos por Ele, bem como nossos defeitos e qualidades. Como o autor da vida nos atribuiu todos os aspectos da nossa personalidade dando a devida relevância ao livre arbítrio. Em ação, nós seres humanos temos direito de escolher se seguiremos nosso próprio roteiro ou se seguiremos o dele, sendo dirigidos pelo Espírito Santo. Por sua vez, quando ignoramos seu script e tentamos viver segundo nossa própria autoria, nos vemos como personagens deslocados, fracassados e incompletos. É importante, todavia, conservar um constante entendimento do propósito de nossa atuação em Sua história e não levar a vida de forma determinista e inflexível sem lugar para escolhas e mudanças. Muitos perecem por falta de entendimento, não dão devido mérito à palavra de Deus e não se posicionam como responsáveis por suas escolhas, vivendo a vida de forma vegetativa escondidos sob a máxima “foi da vontade de Deus”. Por isso é preciso estar consciente de seu lugar, de seu propósito e decidir ficar sóbrio durante todo o processo.

3. Eu decido pensar como Ele.

Temos ainda como suporte e guia o maravilhoso testemunho de Cristo e Sua palavra, que nos fazem entender que é preciso conectar nosso pensamento no Dele e viver uma vida que agrade a Deus, que habite no centro de Sua vontade. Ainda que pareça extremista demais, a verdade é que só teremos vida em abundância quando vivermos para Ele. É igualmente decisivo e revolucionário concluir que isso nada tem a ver com o fato de freqüentar uma igreja ou decidir por tal denominação. Se estivermos aqui ou acolá, isso significa apenas que exercitamos nosso direito de escolha. Assim, quando conseguimos transpor o propósito de nossa vida para além da “instituição religiosa” e admitimos o modo de vida de Cristo como exemplo para nossas ações, estamos nos aproximando do “roteiro original” de Deus para nós, que deixamos de ser apenas criaturas e passamos a ser co-herdeiros com Cristo, sendo considerados seus filhos. A esta altura da vida, ou neste momento de completo exercício da consciência é possível pensar, logo é possível sentir Deus existindo em nós. Não que Ele dependa de nosso pensamento para existir, e sim que nosso pensamento comprova sua existencia. Pensando em Deus existimos, pensando como Ele, fazemos toda a diferença diante de tudo o que foi criado... isso não é exatamente o que nos torna especiais?