segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
QUANDO AS PALAVRAS NÃO SAEM
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
OFERECENDO SACRIFÍCIOS DE LOUVOR
Se o louvor é um sacrifício, ele pode ser dado tanto por Abel, quanto por Caim. Sabemos que o sacrifício de Abel foi perfeitamente agradável a Deus, por que ele deu o melhor de tudo que possuía, de todo seu coração. Caim, por sua vez, depositou as sobras de sua colheita e foi reprovado por Deus em seu proceder. Nestes dois exemplos estão fundamentados os dois tipos de sacrifício que são depositados no altar de Deus. O verdadeiro Cristão se preocupa em oferecer, sempre, o melhor no altar. E dar este ‘melhor’ implica em se entregar sem reservas durante o momento da adoração e do louvor, inclusive durante o culto. Não por um sensacionalismo bobo, ou demonstrando emoções vazias, nem por reagir a uma música suave no fim de um dia trágico. Trata-se de aproveitar um momento de intimidade com Deus, de uma oportunidade de estar em Sua presença que não pode passar em branco. E só quando é tratado deste modo, que o louvor pode soar como sacrifício agradável a Deus, como foi o de Abel. Se não matamos carneiros e despejamos gordura sobre o altar, então o que devemos despejar? Não irmãos, não é dinheiro, é claro! Devemos oferecer nossos corpos íntegros e nossos corações dispostos na presença do Pai. Devemos derramar a nossa alma! Os olhos do Senhor procuram por aqueles que O adoram em espírito e em verdade, ou seja, aqueles que alcançam a profundidade necessária para uma entrega completa. Isso não significa que temos que cantar, gostar ou saber fazê-lo, mas é, sem dúvida, neste ambiente de unção e adoração que habita o louvor. Neste interím estabelece-se uma relação recíproca de amizade e envolvimento com um personagem extraordinário - O Espírito Santo. Ele nos leva à níveis de adoração que não conseguiríamos atingir sozinhos e nos qualifica para receber mais e mais de Deus, a cada passo, em Sua direção. Para aqueles que trilham este caminho, e realizam a entrega ideal para um perfeito louvor, a experiência tende a ficar cada dia mais intimista, até atingirmos uma posição única na presença de Deus, de onde não queremos mais sair. Totalmente rendidos e entregues a Ele, aproveitando cada segundo de sua presença, ansiosos pelo próximo contato, completamente apaixonados...
Como Caim, muitos não entendem a importância de oferecer primícias ao Senhor e não conseguem agradá-lo com suas sobras, superficialidade e frieza. Perdem o contato, a intimidade com o Pai e ficam cada vez mais distantes da Sua presença. Sim, essa realidade é cruel. Aqueles que se acham importantes demais para fechar os olhos e falar com Deus durante uma música, evidentemente não estão aptos para receber a presença Dele. Apegados demais com os rituais e regras de comportamento, os crentes Caim vão para a Igreja munidos de sua arrogância e presunção e não entendem a importância do louvor. Normalmente ficam inertes ao clima de adoração na Igreja e fingem. Por que Caim não deixou de oferecer... Ele não faltou neste dia, ele foi até lá e, ignorando a grandeza de Deus, ele ofereceu suas sobras. O problema é que a maioria das pessoas não se auto-avalia e em decorrência disto não enxerga a falta de qualidade de sua oferta. Passam uma vida inteira oferecendo restos, o resto de seu tempo, o resto de seu vigor, o resto de sua alegria, o resto de sua espiritualidade, o que sobrou de seu coração, de seu amor, de sua dedicação. Mas é evidente que nada disso agrada a Deus e ele nunca estará atento ao clamor deste filho, que O ignora dentro de Sua própria casa. Digo isto por que é sabido que Ele sonda corações e mentes e está apto para julgar o que se passa no pensamento daqueles que consideram o louvor uma ‘bobagem’, uma parte dispensável e fútil do culto. Porém é preciso considerar que é possível uma pessoa chegar ao céu sem saber um versículo de cor, mas nunca, em hipótese alguma, é possível chegar lá fazendo adorações vazias e superficiais, mesmo aqueles que têm seus currículos repletos de boas obras. É preciso louvar e louvar “conforme a excelência de Sua grandeza” como diz o Salmo 150. Esse padrão de qualidade é altíssimo!! É evidente que nunca seremos capazes de atingi-lo completamente, mas como um pai compreensivo Ele considera a nossa intenção. Caim nunca teve intenção de agradá-lo e o Senhor o repreendeu dizendo: “Se procederes bem, não é certo que sereis aceito?” (Gn 4:7). O Senhor merece uma adoração genuína, um coração que O ama e reconhece Seus grandes feitos. Ele está pronto para receber esta adoração há qualquer momento, desde que seja sincera, integral e de todo o entendimento. E essa postura de adoração não deve ser restrita ao culto, deve ir além, acompanhando o Cristão durante toda sua vida e de modo crescente, até o dia em que o veremos face a face.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
INCOERENCIA, DESPREZO AO PRÓXIMO E PERDA DE REFERENCIAL... ONDE ESTAMOS INDO?
1. Um clamor pela coerência !
Sinceramente lamento o abismo que se formou entre a Doutrina genuína que Cristo pregou e viveu e o 'Cristianismo' que é vivido por algumas pessoas e, infelizmente, pregado em algumas Igrejas. A incoerência é tamanha que em certos momentos me pergunto se Jesus 'frequentaria' certas reuniões... Temo que não. E quem me dera que estivesse falando de escândalos pontuais, envolvendo lavagem de dinheiro, corrupção, política, dinheiro na bíblia, mansões no exterior, vídeos escandalosos. Não! estou me referindo a um contingente muito maior e mais generalizado de podridão. Estou falando de um farisaísmo absurdo, de uma disputa pelo poder, pelo dinheiro e em outros casos de busca por reconhecimento terreno. Estou falando da mais terrível expressão de falta de amor - o desprezo ao próximo. Esse cenário de desprezo é tão tenebroso que vejo exclusões nas Igrejas. Vejo o quão distante de Deus as decisões pastorais estão. Vejo o quão revelador é o poder, capaz de trazer à tona toda a vaidade e orgulho da natureza humana. E experimentando o poder as pessoas preferem destruir à construir, destituir à integrar, excluir as opinões diversas e as criticas em vez de fazer uma auto análise e, no mínimo, tolerar. A razão, meus irmãos, é que essas pessoas perderam o referêncial. A bíblia deixou de ser o manual de conduta, a opinião de Deus e do Espírito Santo deixou de ser o guia para suas ações. O que vale é o que é decidido em conclaves, reuniões às escuras e imposições imaturas, na tentiva de eliminar os que se opõem. O que precisa ser resguardado são os cargos, o poder... nunca as almas, o testemunho, as ovelhas. Aonde esta total incoerência está levando estes Cristãos? Para o céu infelizmente não é... Isso não se trata de um julgamento meu, uma conclusão ou uma sentença que estou dando, este é o diagnóstico que garante a palavra de Deus, por isso clamo para que nossas ações sejam coerentes com ela!
2. De volta ao Evangelho
A beleza e a santidade da palavra pode resgatar a conduta da Igreja, somente ela. Teremos um cenário mais próximo ao Reino dos céus quando ela for, de fato, a luz para os caminhos. Preciso deixar claro que o Evangelho precisa ser seguido de perto, individualmente e como sempre digo, de todo o entendimento. Não estamos congregando para seguir ordens às cegas. Precisamos refletir cada vez que dizemos amém, que levantamos ás mãos e também, (por que não?), cada vez que ficamos em silêncio, negligenciando a palavra. O incentivo à leitura da Bíblia é fundamental e só vemos crescimento e maturidade nas Congregações que mantém essa prática. Há, de certo modo, tanta psicologia, tanta doutrina de homens nos ensinamentos, cursos e escolas dominicais que sinto saudade da época em que era mais vantajoso conhecer a Bíblia do que ter domínio extenso de títulos e autores. Não se trata evidentemente que ler a literatura gospel ou secular seja desproveitosa, mas que a Bíblia sim, deve ser o centro, para que diante de determinadas situações o Cristão não tenha dúvidas em como proceder. Esses passos que nos levam de volta ao referencial que é Cristo e sua palavra podem ser mais transformadores do que consigo tratar com minhas palavras, nenhuma retórica é capaz de explicar o quanto pode ser Revolucionário conhecer as escrituras e buscar proximidade com Cristo. Somente quando temos domínio do que Ele pensou e como agiu é que conseguimos (nem que levemos uma vida para isso) nos aproximar de seu modo de conduta, agindo com sua sua aprovação, agradando-o em nosso dia a dia, com nossa simples postura diante das coisas.
3. Endireitando nossas veredas
Estou convicta de que é fundamental para todo aquele que é Cristão, se preocupar mais com o que Cristo pensa a seu respeito, do que como se é visto, ou julgado, pelos outros. Mas meus amados, não transformem isso numa máxima que não permita uma auto-avaliação, partida do feedback dos seus companheiros de estrada. Lembrem-se que nossas ações devem resplandecer em tudo a Luz que nos foi dada, não podemos jorrar água doce e salgada. Nosso testemunho é tudo que temos! A auto-avaliação é fundamental e para todo Cristão, ela deve ser cotidiana e apoiada em 3 aspectos, o que sou para mim, o que sou para o mundo e o que sou para Deus. A avaliação à luz da bíblia sempre segue no sentido de nos aproximar de uma coerência entre estes parâmetros. A palavra de Deus tem poder de nos tornar coerentes, por isso devemos primar por ela e buscar viver em conformidade com o que Cristo espera de nós. Afinal, nós não fomos chamados para nos comprometer com instituições, pessoas e cargos. Estamos construindo um caráter que nos permita ver o Deus que nos criou. Não podemos corromper nossa vocação com o anseio pelo poder, com o egoísmo cruel e com outras pretensões terrenas. Estamos aqui de passagem e devemos contruir algo que esteja para além da nossa efêmera existência. Se queremos seguir os passos de Cristo e ser chamados de Cristãos devemos ser tão concentrados em Deus como ele foi, amando como ele amou, permanecendo em seu amor integralmente até o fim, por mais árdua e complexa que seja essa tarefa. Para que nossos passos digam à todos, sem dúvidas nem contradições, que estamos indo para o céu, encontrar com Ele.
domingo, 15 de novembro de 2009
CAÇA ÀS BRUXAS
Este é um post de protesto à um tipo de Igreja aonde as pessoas são expulsas por questionar. Não, eu não estou me referindo a uma passagem histórica! Estou falando de acontecimentos recentes, promovidos por uma Igreja que infelizmente mancha o nome do nosso Jesus com medidas autoritárias, que julga e sentencia, sem oportunidade de defesa, muito menos de advertências precedentes. Eu protesto contra este absurdo! Não estamos mais na Idade Média. Ou estamos?
terça-feira, 3 de novembro de 2009
PENSO, LOGO DEUS EXISTE
Dotados de poder de reflexão e escolha, sedentos pelo conhecimento, curiosos, questionadores, críticos e capazes de absorver e reagir a novas informações, assim fomos criados por Deus. Todas essas ‘características’ nos foram dadas pelo Criador e com todas elas devemos adorá-lo. Quando vivemos sem exercer esse privilégio, desperdiçamos o que existe de único e transformador na espécie humana – a racionalidade. Evidentemente me refiro a capacidade de tomar as rédeas de nossa própria vida, tomando todo o domínio de nossos atos, assumindo a responsabilidade por cada um deles e então, num ato de total adoração, oferecê-los a Deus. O que estou dizendo é que não devemos servir a Deus numa atitude mecânica, covarde, plagiando comportamentos, seguindo a Cristo por que se trata de uma tradição familiar, ou por que nossos amigos estão. E sim, se entregando de forma autêntica, coesa e totalmente racional. “Sim meu Deus eu conheço os outros caminhos, conheço as demais filosofias e escolho não me deixar guiar por nenhuma delas, eu escolho a Ti e faço isso com meu coração e de todo o meu entendimento.” A partir daí a vida recebe um novo significado, que é conhecer face a face quem nos criou.
2.“Deus existe” e me criou para Ele.
Deus existe e é criador de tudo. Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Quando assumimos nossa posição nesta afirmação, temos algumas das maiores questões resolvidas, pois sabemos quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Sabemos que Ele escreveu nossos dias em seu livro e todos nossos pensamentos são conhecidos por Ele, bem como nossos defeitos e qualidades. Como o autor da vida nos atribuiu todos os aspectos da nossa personalidade dando a devida relevância ao livre arbítrio. Em ação, nós seres humanos temos direito de escolher se seguiremos nosso próprio roteiro ou se seguiremos o dele, sendo dirigidos pelo Espírito Santo. Por sua vez, quando ignoramos seu script e tentamos viver segundo nossa própria autoria, nos vemos como personagens deslocados, fracassados e incompletos. É importante, todavia, conservar um constante entendimento do propósito de nossa atuação em Sua história e não levar a vida de forma determinista e inflexível sem lugar para escolhas e mudanças. Muitos perecem por falta de entendimento, não dão devido mérito à palavra de Deus e não se posicionam como responsáveis por suas escolhas, vivendo a vida de forma vegetativa escondidos sob a máxima “foi da vontade de Deus”. Por isso é preciso estar consciente de seu lugar, de seu propósito e decidir ficar sóbrio durante todo o processo.
3. Eu decido pensar como Ele.
Temos ainda como suporte e guia o maravilhoso testemunho de Cristo e Sua palavra, que nos fazem entender que é preciso conectar nosso pensamento no Dele e viver uma vida que agrade a Deus, que habite no centro de Sua vontade. Ainda que pareça extremista demais, a verdade é que só teremos vida em abundância quando vivermos para Ele. É igualmente decisivo e revolucionário concluir que isso nada tem a ver com o fato de freqüentar uma igreja ou decidir por tal denominação. Se estivermos aqui ou acolá, isso significa apenas que exercitamos nosso direito de escolha. Assim, quando conseguimos transpor o propósito de nossa vida para além da “instituição religiosa” e admitimos o modo de vida de Cristo como exemplo para nossas ações, estamos nos aproximando do “roteiro original” de Deus para nós, que deixamos de ser apenas criaturas e passamos a ser co-herdeiros com Cristo, sendo considerados seus filhos. A esta altura da vida, ou neste momento de completo exercício da consciência é possível pensar, logo é possível sentir Deus existindo em nós. Não que Ele dependa de nosso pensamento para existir, e sim que nosso pensamento comprova sua existencia. Pensando em Deus existimos, pensando como Ele, fazemos toda a diferença diante de tudo o que foi criado... isso não é exatamente o que nos torna especiais?