
1. Um clamor pela coerência !
Sinceramente lamento o abismo que se formou entre a Doutrina genuína que Cristo pregou e viveu e o 'Cristianismo' que é vivido por algumas pessoas e, infelizmente, pregado em algumas Igrejas. A incoerência é tamanha que em certos momentos me pergunto se Jesus 'frequentaria' certas reuniões... Temo que não. E quem me dera que estivesse falando de escândalos pontuais, envolvendo lavagem de dinheiro, corrupção, política, dinheiro na bíblia, mansões no exterior, vídeos escandalosos. Não! estou me referindo a um contingente muito maior e mais generalizado de podridão. Estou falando de um farisaísmo absurdo, de uma disputa pelo poder, pelo dinheiro e em outros casos de busca por reconhecimento terreno. Estou falando da mais terrível expressão de falta de amor - o desprezo ao próximo. Esse cenário de desprezo é tão tenebroso que vejo exclusões nas Igrejas. Vejo o quão distante de Deus as decisões pastorais estão. Vejo o quão revelador é o poder, capaz de trazer à tona toda a vaidade e orgulho da natureza humana. E experimentando o poder as pessoas preferem destruir à construir, destituir à integrar, excluir as opinões diversas e as criticas em vez de fazer uma auto análise e, no mínimo, tolerar. A razão, meus irmãos, é que essas pessoas perderam o referêncial. A bíblia deixou de ser o manual de conduta, a opinião de Deus e do Espírito Santo deixou de ser o guia para suas ações. O que vale é o que é decidido em conclaves, reuniões às escuras e imposições imaturas, na tentiva de eliminar os que se opõem. O que precisa ser resguardado são os cargos, o poder... nunca as almas, o testemunho, as ovelhas. Aonde esta total incoerência está levando estes Cristãos? Para o céu infelizmente não é... Isso não se trata de um julgamento meu, uma conclusão ou uma sentença que estou dando, este é o diagnóstico que garante a palavra de Deus, por isso clamo para que nossas ações sejam coerentes com ela!
2. De volta ao Evangelho
A beleza e a santidade da palavra pode resgatar a conduta da Igreja, somente ela. Teremos um cenário mais próximo ao Reino dos céus quando ela for, de fato, a luz para os caminhos. Preciso deixar claro que o Evangelho precisa ser seguido de perto, individualmente e como sempre digo, de todo o entendimento. Não estamos congregando para seguir ordens às cegas. Precisamos refletir cada vez que dizemos amém, que levantamos ás mãos e também, (por que não?), cada vez que ficamos em silêncio, negligenciando a palavra. O incentivo à leitura da Bíblia é fundamental e só vemos crescimento e maturidade nas Congregações que mantém essa prática. Há, de certo modo, tanta psicologia, tanta doutrina de homens nos ensinamentos, cursos e escolas dominicais que sinto saudade da época em que era mais vantajoso conhecer a Bíblia do que ter domínio extenso de títulos e autores. Não se trata evidentemente que ler a literatura gospel ou secular seja desproveitosa, mas que a Bíblia sim, deve ser o centro, para que diante de determinadas situações o Cristão não tenha dúvidas em como proceder. Esses passos que nos levam de volta ao referencial que é Cristo e sua palavra podem ser mais transformadores do que consigo tratar com minhas palavras, nenhuma retórica é capaz de explicar o quanto pode ser Revolucionário conhecer as escrituras e buscar proximidade com Cristo. Somente quando temos domínio do que Ele pensou e como agiu é que conseguimos (nem que levemos uma vida para isso) nos aproximar de seu modo de conduta, agindo com sua sua aprovação, agradando-o em nosso dia a dia, com nossa simples postura diante das coisas.
3. Endireitando nossas veredas
Estou convicta de que é fundamental para todo aquele que é Cristão, se preocupar mais com o que Cristo pensa a seu respeito, do que como se é visto, ou julgado, pelos outros. Mas meus amados, não transformem isso numa máxima que não permita uma auto-avaliação, partida do feedback dos seus companheiros de estrada. Lembrem-se que nossas ações devem resplandecer em tudo a Luz que nos foi dada, não podemos jorrar água doce e salgada. Nosso testemunho é tudo que temos! A auto-avaliação é fundamental e para todo Cristão, ela deve ser cotidiana e apoiada em 3 aspectos, o que sou para mim, o que sou para o mundo e o que sou para Deus. A avaliação à luz da bíblia sempre segue no sentido de nos aproximar de uma coerência entre estes parâmetros. A palavra de Deus tem poder de nos tornar coerentes, por isso devemos primar por ela e buscar viver em conformidade com o que Cristo espera de nós. Afinal, nós não fomos chamados para nos comprometer com instituições, pessoas e cargos. Estamos construindo um caráter que nos permita ver o Deus que nos criou. Não podemos corromper nossa vocação com o anseio pelo poder, com o egoísmo cruel e com outras pretensões terrenas. Estamos aqui de passagem e devemos contruir algo que esteja para além da nossa efêmera existência. Se queremos seguir os passos de Cristo e ser chamados de Cristãos devemos ser tão concentrados em Deus como ele foi, amando como ele amou, permanecendo em seu amor integralmente até o fim, por mais árdua e complexa que seja essa tarefa. Para que nossos passos digam à todos, sem dúvidas nem contradições, que estamos indo para o céu, encontrar com Ele.